edição de abril Revista CityPenha
Abril / 2018 - nº 131 28 28 Renaura Silva Francisconi Pardal • CRP 35469- 7 • Psicóloga Clínica e Psicopedagoga • Av. Amador Bueno da Veiga, 1.230 cj 1002 renaura.f@hotmail.com • 99299-0932 • 2791-4005 É constatada quando se apresenta uma tristeza prolongada, geral- mente por mais de três semanas. É uma doença multifatorial, ou seja, são várias causas que colaboram no seu aparecimento. A depressão é muito, muito mais profunda e resistente do que a triste- za. Alguns dos seus sintomas, que podem vir todos juntos, são: melanco- lia, desânimo, falta de concentração, desinteresse pela vida, sentimento de culpa, autoestima e autoconfiança reduzidas, fadiga, sono excessivo, perda da libido, sensação de inutilidade, insônia, ideação suicida e pre- juízo funcional significativo (faltar ao trabalho com frequência e falta de empenho nas atividades escolares). A depressão difere do sentimento de tristeza que afeta as pessoas com frequência. Depressão grave é a dor que fica mesmo quando o problema vai embora. É a melancolia profunda que não vai embora nem com situ- ações prazerosas. Depressão é uma doença, um desarranjo na química cerebral que pre- cisa e, felizmente, pode ser tratado com medicação e psicoterapia. Pode estar ligada a uma situação estressante como perdas, traumas, luto, algu- mas patologias como doenças neurológicas, infecciosas e oncológicas. Para afirmarmos que uma pessoa está deprimida temos que afirmar que ela se sente triste a maior parte do dia, quase todos os dias. Segundo a Organização Mundial de Saúde, tornou- -se um mal mais comum entre as mulheres, superando o câncer de mama e doenças cardíacas. Num futuro bem próximo, será a segunda moléstia que mais roubará anos da vida útil da população em geral. As mulheres cos- tumam ser consideradas mais suscetíveis às alterações emocionais que os homens, o que justifica a incidência maior entre as mulheres. Porém, por ser muitas vezes confundida com um traço de fraqueza de caráter pela sociedade, ela, tende muitas vezes, a ser negada pelos homens. De qualquer modo, o número de homens víti- mas da depressão também é muito alto. A depressão atinge quase 20% da população mun- dial, o que equivale a 1,4 bilhão de pessoas, das quais, 38,8 milhões no Brasil. Filhos de pai e mãe depressi- vos têm 35% de probabilidade de ter a doença. Cerca de 1% das mulheres depressivas e 7% dos homens nas mesmas condições cometem suicídio, numa frequência vinte vezes maior do que a registrada na população em geral. Na depressão é incorreto definir o progresso de um paciente apenas com base em dados estatísticos. Uma melhora de 20% ou 25% pode significar o fim de um comportamento suicida. Depressão: A Tristeza Prolongada S aúde
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