edição de abril Revista CityPenha

29 Abril / 2018 - nº 131 suíte Presidencial Cine suíte Night Vip Av. Condessa Elizabeth Robiano, 1792 (a 250 m da Ponte do Tatuapé) 2 2 9 4 - 9 3 5 5 / 2 2 9 4 - 9 3 0 3 • www. mo t e l n i g h t a n d d a y. c om O pinião Algum político aceita este desafio? A construção de um país se faz pela formação do seu povo através da educação, civismo e amor à pátria, praticando usos e bons costumes que sejam benéficos a cada cidadão, a sociedade e ao país. Assisti na rede Globo do dia 30 de janeiro o seguinte programa: “Bom dia SP”, que mostrou usos e costumes de Tokyo e São Paulo. Que naquele país, o acesso à calçada para cadeirantes tinha rebaixamento, calçada bem feita e a rua limpa. Em seguida, mostrou uma rua em São Paulo onde os varredores amontoavam, de espaço em espaço, o lixo juntado. E outro grupo vinha logo em seguida recolhendo esse lixo. Ao entrevistar, diz-se o entrevistado varredor de rua, que diariamente a prefeitura fazia essa limpeza, e que recolhia na cidade de São Paulo 288 toneladas de lixo. E pros- seguindo o programa, mostrou uma rua movimentada de Tokyo, a calçada, a limpeza, os transeuntes respeitando os limites da calçada, andando somente na calçada. Em seguida, mostrou a rua de São Paulo. Calçadas esburacadas, mato crescendo em cima da calçada e, nas esquinas, não tinha rebaixamento para cadeirantes. O comentário do repórter mos- trava a civilização, educação de um povo para outro e que isso mostrava a vantagem de que, em virtude de usos e costumes, havia mais tributação, mais impostos e taxas que são pagos pela população. Há 150 anos atrás estava iniciando a era Meiji no Japão, com mudanças na política e também nos usos e bons costumes, para a reconstrução do Japão. Vou transcrever por opor- tuno um artigo que li – fonte “Cultura Japonesa – Vol. 4”, p. 38, dos autores Masaomi Ise e Masayuki Fukasawa, Editora Jornalística União Nikkey Ltda., Jornal Nikkey Shimbun: Certa Vez, nos disse o mestre Saigo Takamori: - Espera-se daqueles que se dedicam à política como líderes do povo, que sejam humildes e discretos, que tenham conduta irrepreensível, que se cuidem em não cometer extravagâncias, e que se empenhem de corpo e alma ao trabalho, ..., em outras palavras, que sirvam de modelo aos outros, não é assim? Mas veja esses políticos do governo atual. Vivemos uma fase muito preciosa, quando tudo deve ser iniciado. Estamos no ponto de partida de um novo período! Não obstante, eles vivem em enormes mansões, vestem roupas caríssimas, possuem belas mu- lheres como amantes, e com que se preocupam? Preocupam-se apenas em enriquecer o próprio patrimônio! Pergunto, foi para isso que iniciamos a restauração de Meiji? Desse jeito, não há como atingir os objetivos iniciais. Aquele conflito de Boshin, iniciado com a batalha de Toba- -Fushimi e findo com a de Goryokaku, não era para ser uma guerra justa, de reconstrução do Japão? Mas veja só esse gover- no, criado por essa guerra! O que acontecerá desse jeito? Chegaremos em suma à con- clusão de que essa guerra foi feita apenas para o proveito desses altos funcionários do governo! Assim, como posso me desculpar perante o mundo, especial- mente, perante aqueles que morreram combatendo nessa guerra? Eu sinto muito, muito mesmo por eles...’ Mestre Saigo disse tudo isso em lágrimas. “Não conseguia conter as emoções que lhe afluíam do fundo da alma.” (1, pg781) Será oportuno as autoridades responsáveis pelo nosso des- tino? Pela reconstrução e pelos dirigentes educacionais do povo brasileiro aproveitar essa colaboração? Por Hatiro Shimomoto