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Agosto / 2014 - nº 87
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Entenda a importânciada
vacinação contraoHPV
Com a recente campanha do Ministério da Saúde de
vacinação contraoHPV, o tema foi abordado ediscutido
nos veículos e redes sociais. Segundodados do Instituto
Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças do Pa-
pilomaVírus Humano (INCT-HPV), o vírus é a doença
sexualmente transmissível mais comum no mundo e as
estimativas são de que 50% da população sexualmente
ativa tenha sido infectada. Para quem ainda possui dúvi-
das sobre adoença, oGinecologista eObstetraDr. Fábio
Muniz explica o que é o HPV, tipos de tratamentos e a
importância da prevenção.
OHPV é uma sigla em inglês para PapilomaVírusHu-
mano, e segundo o médico existem mais de 100 tipos
diferentes, “Eles são capazes de infectar a pele ou as
mucosas, e embora sejam frequentes, suas infecções são
transitórias, regredindo espontaneamente namaioria das
vezes”. Nos casos emque a infecçãopersiste, geralmen-
te é causada por um tipo viral oncogênico, “Isso signi-
fica que este tipo tem potencial cancerígeno, podendo
evoluir para lesões precursoras, que se não forem iden-
tificadas e tratadas adequadamente, vão progredir para
o câncer, principalmente no colo do útero, mas também
pode ocorrer em outros locais como orofaringe, boca,
vagina, vulva, ânus e pênis” explica o ginecologista.
A maioria das infecções por HPV é assintomática e
como já mencionado, de caráter transitório, ou seja,
regride espontaneamente, “Tanto o homem quanto a
mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresen-
tar sintomas. Habitualmente as infecções pelo HPV se
apresentam como lesões microscópicas ou sem lesões
aparentes. Quando não vemos lesões não é possível ga-
rantir que o HPV não esteja presente, mas apenas que
não está produzindo doença”. Estima-se que somente
cerca de 5% das pessoas infectadas peloHPVdesenvol-
veráalguma formademanifestação. János casos emque
há o aparecimento de lesões clínicas, elas se apresentam
como verrugas ou lesões exofíticas, “são tecnicamente
denominadas condilomas acuminados e popularmente
chamados de “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de
crista” com aspecto de couve-flor e tamanho variável”
fala omédico.
O tratamentodas lesões clínicas deve ser individualiza-
do, e depende da extensão, número e localização, “Po-
dem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloro-
acético (ATA) emedicamentos quemelhoram o sistema
de defesa do organismo” explica Dr.
Fabio Muniz. As lesões de baixo grau
não oferecemmaiores riscos, mas omé-
dico alerta, “Émuito importante que as
mulheres consultem seu ginecologista e
realizem os exames de rastreamento dis-
poníveis para identificação das lesões.”
Sobre a polêmica da idade para meni-
nas e meninos se vacinarem o gineco-
logista explica, “A faixa etária indicada
para a imunização do HPV é justificada
devido amaior eficácia delas em indiví-
duos que não foram expostos aos tipos
virais presentes nas vacinas, ou seja, que
ainda não tenham iniciado a vida sexu-
al”. O que não significa que apenas esta
faixa etária poderá se vacinar, finaliza o
profissional.
Interessados fora da faixa etária indica-
da na campanha de vacinação doMinis-
tério da Saúde (SUS), podem procurar
Clinicas de Vacinação privadas para
mais informações.
S
aúde
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