CityPenha janeiro 2018

Janeiro / 2018 - nº 128 28 S aúde A importância da atualização para profissionais de saúde A Dra. Adriana Espada participou em novembro do Grea- ter NewYork Dental Meeting, um dos mais importantes even- tos de odontologia do mundo e contou um pouco dos benefí- cios de participar desse evento. CityPenha: Qual a importância efetiva da atualização profis- sional para os dentistas? Adriana: Isso é fundamental. Por exemplo, no Greater New York Dental Meeting que fui em novembro, na parte do congresso tem palestrantes do mundo inteiro que envolvem todas as especialidades como cirurgias, implantes, estético, articulação, entre outros. Os autores principais que fui bus- car foram os de implantes e enxertos para a parte estética, professores muito bem-conceituados que estão usando técni- cas de reconstrução óssea que dão uma nova opção para casos que antes eram “perdidos”. Essas no- vas técnicas tem um longo tempo de estudo para serem apresenta- das, baseadas em artigos científi- cos muito bem acompanhados. A ideia não é apenas trazer novida- des, e sim de uma forma amadure- cida, técnicas que são testadas por esses autores do mundo todo, e na conferência apresentadas. Eu vejo uma novidade de duas formas: como algo inédito e como algo que vai evoluindo e respondendo nos pacientes, para poder mostrar aos meus pacientes que dá certo. CityPenha: Isso é importante por que sua profissão exige essa ques- tão de confiança, não dá para fazer teste, certo? Adriana: Exatamente. Nós pre- zamos o relacionamento para fazer a garantia de algo que é biológico. O cliente vem pensando em fazer um implante, então analisamos qual o tipo de osso, qual a super- fície do implante, tipo de rosca, tipo do componente, adaptação. É um grande check list de itens que absorvemos para traduzirmos em termos práticos algo bastante com- pleto. Um dos principais temas que fiquei muito contente de ter partici- pado foi na questão de reconstrução óssea em casos de implantes. Casos de pacientes que não tem estrutura tínhamos que falar que não tinha o que fazer e ele teria que conviver com isso, agora isso mudou. CityPenha: Essas novidades abrem uma nova perspectiva para seus pacientes? Adriana: Sim. É lógico que temos que analisar cada caso, mas o bacana é isso, poder dar agora, diante das novidades e atualizações, mais alternativas para esses casos de reconstru- ção, que sofreram com a odontologia mais antiga, com falta de orientação e tudo mais. Hoje conseguimos reconstruir e trazer o mais próximo que ele sonha. O importante é o cliente gostar e sair satisfeito. CityPenha: O congresso então foi muito proveitoso para você e seus pacientes? Adriana: Sim, muito. O congresso e a feira onde foram apre- sentadas novas tecnologias para deixar as consultas mais rá- pidas, mais previsíveis. Poder falar para o paciente quantas consultas ele vai precisar, quando começa e quando termina o tratamento, embora dependa de todo um contexto de informa- ções, é muito importante. Outro tema interessante no congres- so foi o da odontologia integrativa, que fala sobre a influência das vitaminas no tratamento gengival, como os poli vitamíni- cos, ômega 3, só que por conta do nosso estilo de vida de pou- co sol e comida industrializada os pacientes estão muito mais predispostos do que na época em que se alimentavam bem. Entra também a questão da respiração, da oxigenação dos te- cidos. Cada vez mais vemos o paciente como um todo e não só como uma boca. Todas essas questões, das vitaminas, as novas possibilidades de reconstrução óssea, as novas formas de você trazer um sorriso para o paciente commenos limitações e mais possiblidades, essa é a grande busca. CityPenha: Um ponto importante nesses eventos é a intera- ção com outros profissionais do mundo todo? Adriana: Com certeza. Você troca muitas experiências falan- do com profissionais do mundo todo. Conversei com dentistas do Canadá, Estados Unidos, passei o dia em um consultório em Manhattan, conheci dentistas da Jamaica, República Do- minicana, Equador, muita gente fez o curso de harmonização facial, com botox. É importante você não pensar que sabe tudo, você sempre tem algo para aprender, como o uso de proteínas BMP2 que são proteínas que tem um princípio de transforma- ção óssea, ainda é muito caro, mas estão viabilizando. Tudo vai virar nano e vamos ter um resultado melhor do que temos hoje com o macroscópico. Por isso agora em 2018 vou usar apenas o implante ósseo com integração de 1 mês, eu tenho usado a in- tegração de 3 a 4 meses e vi que posso mudar para o de 1 mês, para agilizar o tratamento e melhorar os resultados. Essa troca de experiências é muito importante, tanto que agora em abril de 2018 vou para a Alemanha fazer um outro super curso lá. Odontologia Espada • www.odontologiaespada.com.br Fotos: Divulgação