Edição de Julho 2017 - page 10

Julho / 2017 - nº 122
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O poder de um pé
no traseiro
Muitas pessoas passam pela vida por momentos críticos,
seja no âmbito profissional ou pessoal, que todos conhecem
como: a hora crítica, o dia do facão, ou mais popularmente,
o “pé no traseiro”.
Pé no traseiro dói mesmo, mas não é incurável. Como
dizem: Ele até te empurra pra frente e cada pessoa reage de
maneira diferente a esses episódios. Um “pé no traseiro”
pode ser um empurrão para frente, ou para trás, a escolha é
de cada um.
O que motiva uma pessoa a tomar determinadas atitudes
tão diferentes? Esta é uma questão que ainda não foi ple-
namente respondida, pois, apesar de várias pesquisas terem
sido realizadas e diversas teorias formuladas visando expli-
car a motivação humana, perduram, ainda, muitas lacunas,
distorções e desconhecimento acerca do assunto, mas o que
é certo é que cada um é único na sua reação.
No momento fatídico do pé no traseiro, só há
choque.
Choque com o fato de que acabou o que se mantinha na zona
de conforto, de que se perdeu, de que se foi. Tem que convi-
ver com o fardo de se perguntar o que fez de errado, se não
era bom (a) o suficiente, e, ao mesmo tempo, tentar lidar com
o sentimento partido. Não é nada fácil.
Embora o choque dure, também existem as lágrimas. Li-
tros e litros de lágrimas, intermitente, porque as emoções são
demais para suportar, e está simplesmente devastada.
Na primeira semana é sempre a pior, então, dizer que
você melhorara rápido seria uma mentira. Ainda perdura a
raiva e a indignação, na verdade o choque passou e é preciso
lidar com o sentimento em frangalhos.
Assim que, após um mês chega ao fim, o choque foi ofi-
cialmente embora. Você aceita que esta é a sua vida agora,
ainda que a contragosto, porque não aceitamos as decepções.
Sua raiva e tristeza se revezamcomo inicio do reconhecimen-
to de suas
forças, mas ainda irritado (a) com a situação, e até com raiva
de si mesmo (a). Talvez até se culpe em alguns aspectos, mas
não caia nessa. Você já precisa lidar com muita coisa, não
adicione mais uma à lista.
O ser humano possui o reconhecimento das forças como
necessidades interiores que representam a fonte de energia
de seu comportamento. Ele agi em busca de fatores de sa-
tisfação capazes de evitar a sujeição a graus desagradáveis e
ameaçadores de tensão que o pé no traseiro traz. E a força de
vencer nos faz reagir.
Tem cura?
Há evidências que nos mostram que o cérebro humano já
tenta nos fazer seguir em frente logo após o pé no traseiro.
Nesse sentido, podemos nos apegar àquilo que mais nos mo-
tiva e nos deixa felizes.
Parece uma bagunça, mas nosso cérebro faz tanta confu-
são assim com uma boa intenção; ele só quer nos ver bem de
novo e, por mais que pareça exatamente o contrário, a ideia
é regular nossas emoções e, dessa maneira, seguir em frente.
Alista de superação é extensa, então vamos a algumas delas:
Aprenda a lidar com a rejeição:
As coisas nem sem-
pre são como queremos, infelizmente ou felizmente, o que
planejamos nem sempre acontece da forma que esperamos.
Mas, não se deixe perder em meio a sentimentos remoídos
e frustrações com o fracasso, e saiba que o fracasso de hoje,
pode ser o seu sucesso de amanhã.
Liberte-se:
Enxergue a rejeição como uma libertação: a
situação está deixando você livre para outras oportunidades e
experiências, abrindo caminho para vivências melhores.
Aprender a lidar com o inesperado:
O ser humano é
um bicho complicado e momentâneo, uma hora dessas temos
a certeza de que haverá uma reviravolta da nossa vida. Como
isso acontece? Quando menos esperamos.
Ter menos expectativas em relação aos seus sonhos:
Se você sonhou demais e se estrepou, paciência! Mas não
cobre nada de ninguém e das situações que te cercam.
Chorar:
Não adianta fingir que nada aconteceu, relem-
brar os momentos da situação e ir até o fundo do poço é
fundamental, para ter impulso e subir. Chorar sem dó é fun-
damental, nada de colocar sentimentos debaixo do tapete.
Falar sobre o que aconteceu:
Sair do isolamento traz
bem-estar. Nada como alugar a orelha dos amigos e despejar
a raiva, a tristeza e o sentimento recolhido. Às vezes, nossos
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