CityPenha maio 2018

11 Maio / 2018 - nº 132 Mario: Esse é um grande fator. O espetáculo está rolando e todo mundo, em cena ou não, está concentrado, em sintonia. Se rola alguma coisa, alguém percebe e já dá um toque e todo mundo se liga para ajustar. Tânia: Uma vez o som do telefone não tocava mais e a gente ficava dizendo “acho que o telefone está tocando”, para dar as deixas, “está vibrando”. Carla: Às vezes a gente está conversando na coxia, parece até que você não está ouvindo a peça, mas se deu uma coisinha a gente percebe intuitivamente e já sabe, tem que resolver aquilo. CityPenha: Isso é um dos motivos que faz o público gostar do espetáculo, vocês se doam em cada encenação. Ernando: É um grande orgulho fazer parte desse elenco. Quando você recebe um convite com a ajuda de vários amigos, do elenco todo para entrar no espetáculo, você vem com uma responsabilidade muito grande, de não querer atrapalhar o de- sempenho deles, e eu fiquei surpreso porque no dia do primeiro ensaio, depois de assistir ao espetáculo várias vezes, eles apro- veitaram para ensaiar coisas deles. Eu falei “meu porque vocês estão ensaiando? ” Eles começaram a acertar coisas deles que estavam pendentes. Gente que cuidado é esse? Siomara: Uma das coisas incríveis que ajuda muito é que o texto é vivo, atual. A gente convenciona e a plateia vai. Não tem celular e ninguém sente falta. Não é um texto datado e a atuali- zação se faz naturalmente. Ernando: É interessante que a grande confusão causada pela personagem da Anastácia, tem um pouco a ver com o momento atual das Fake News, onde você passa a acreditar nessa informa- ção. Você passa ela para a outra pessoa e isso vai virando uma confusão, que parte de uma inocência, por ela falar demais em uma hora que ela não tem que falar. Ela é pressionada e acaba en- tregando coisas que não devia, por isso o espetáculo não é datado. Carla: Nessa questão da doação, eu estou há 15 anos e a Nana há 17, e poucas vezes nesses 15 anos, eu ouvi ela dizer “nossa está ótimo!”. É um nível alto de exigência, onde ela fala sempre que precisa melhorar, arrumar algo. Mariano: E não melhora nunca!!! (risos) Mario: No dia que ela sair na coxia e falar: “estamos ótimos”, acaba o espetáculo. Carla: É mas ultimamente estamos indo bem. (risos) Anastácia: A Carla todo dia sai de cena dizendo “estamos ar- rasando, estamos levando o espetáculo nas costas”, ai ontem ela disse “nossa Nana, eu estou ruim e você está péssima” (risos) Ricardo: Surgiu um boato que uma vez saindo a Denise Fraga o espetáculo morreria, e, pelo contrário, a Nana não deixa nada a desejar para o personagem. Miguel: Outra coisa importante a destacar é a produção, que é muito guerreira. A BR Produtora através do Radamés Bruno e da Viviane Procópio faz um trabalho incrível. Ernando: Isso que o Miguel está falando é verdade. Você manter um espetáculo em cartaz por 32 anos sem patrocínio, dependen- do exclusivamente de bilheteria, é um certificado de qualidade. Nunca foi usado dinheiro de lei nenhuma ou isenção fiscal, é um espetáculo que sobrevive 32 anos exclusivamente pelo público. Ricardo: Por isso você, empresário e empresária, que acredita nesse espetáculo que é único, pode investir, são 10 milhões de espectadores em 32 anos. Apoie e patrocine o Trair e Coçar é só começar! Miguel: São 4 vezes no guinnes book. Carla: Já saímos na revista Veja como ponto turístico em São Paulo, ganhamos prêmio da Assembleia Legislativa como a peça há mais tempo em cartaz. Inclusive o Paulo Autran disse que o Trair e Coçar é um espetáculo formador de público teatral, todo mundo que nunca foi ao teatro precisa ir assistir. Ele agrada todos os gostos, todos os bolsos, quem fala 10 línguas, quem não fala nenhuma palavra, quem é culto, quem só quer rir, gente de 10 anos, gente de 80 anos. CityPenha: A pessoa que quer ser crítico vem ver a peça e aca- ba dando risada. Carla: Ele vem para não gostar e gosta CityPenha: E efetivamente dá para assistir várias e várias vezes! Carla: Sim, acontece de pessoas que assistiram 5,6,7 vezes. Uma trouxe o marido, separou, já trouxe outro marido, trouxe mãe, filho. São gerações diferentes assistindo a peça. Ricardo: Eu lembro de um amigo meu, da Espanha, que falava outra língua e quando terminou o espetáculo disse que amou, que era maravilhoso, ele só não entendeu muito o que a empre- gada falava (risos). Mas ele saiu apaixonado e depois assistiu mais 3 ou 4 vezes. Carla: Tem um português comandante da TAP, que foi assistir uma vez e gostou tanto que toda vez que vem ao Brasil ele assis- te. Já está na sétima vez, e cada vez ele traz a tripulação inteira, são cerca de 30 pessoas. Ernando: Somos gratos a vocês da CityPenha pela gentileza de estar aqui abrindo espaço de divulgação para a gente. Con- vido a todos para vir assistir a peça. Além de tudo esse teatro oferece um conforto maravilhoso. Carla: E rir é sempre o melhor remédio para a vida! Para quem ainda não assitiu a dica é vá correndo! Quem já assitiu vale a pena ver de novo, você vai se divertir muito, lem- brando que o leitor CityPenha tem 50% de desconto no ingres- so. Aproveite a temporada no Teatro Fernando Torres. C apa

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