CityPenha maio 2018
Maio / 2018 - nº 132 12 D estaque Novas relações entre mães e filhos (as) A chegada dos filhos (as) é um momento de transfor- mação. Sempre há preocupação em criar bem aquele “ser humaninho”, de dar conta, de fazer certo, de acertar sem- pre. Qual mãe nunca se sentiu assim? A mãe sabe que será meio médica, meio psicóloga, meio professora, e tentará fazê-lo sem nunca perder a compostura. Deverá amar incondicionalmente a sua cria e esquecer-se dos próprios fantasmas e carências para dar o melhor de si na criação deste ser sob sua responsabilidade. Tudo isso está implícito no papel de mãe. Toda a responsabilidade agora recai sobre os seus om- bros e disso dependerá a relação que se terá com os filhos (as) no futuro. Os (as) filhos (as) crescem rápido. Bem mais rápido do que os olhos enxergam. E os desafios da mãe também mudam. Como mãe se percebe vários desafios na infân- cia, mas, com a chegada da adolescência, os grupos ficam mais fortes e ganham muita importância, os amigos, os primeiros amores de escola e a opinião da mãe já não é tão valorizada. As dificuldades nesse período parecem tão intrans- poníveis. Para as mães e para quem ainda quer ser mãe: só vivendo para saber das dores e delícias de exercer esse papel. A natureza da relação entre mãe e filhos Inegavelmente a relação mais importante para a cons- tituição psicológica do ser humano, a relação entre mãe e filho (a) é, ao contrário do que propagado socialmente e pela mídia, uma relação construída e não inata. O amor que uma mãe sente por um filho (a) nasce, algumas vezes, quando ela toma conhecimento da gravidez, já outras, a partir do nascimento, através do cuidado e da convivência. Apesar de ser uma relação idealizada desde a antigui- dade como sagrada, em geral, não é fácil ser mãe e nem ser filho (a). É comum ouvirmos desde pequenos que só en- tenderemos nossos pais quando formos pais, o que costu- ma ser verdade. Como filhos(as), é difícil nos colocarmos no lugar de nossas mães e avaliar suas decisões quando estamos crescendo, especialmente quando elas vão contra aquilo que queremos. Começam a surgirem os conflitos porque, muitas ve- zes, ao tentarmos encontrar nossa própria identidade fa- zendo tudo diferente do que aprendemos na infância e vamos pelos caminhos equivocados. Essa é a maior preo- cupação das mães e muitas vezes essas preocupações são externadas de maneira que parece não falarem a mesma língua, não havendo compreensão dos dois lados. É neste momento que os conflitos estão em alta, nor- malmente as mães encaram esta nova forma de ver o mundo como desaforo, os (as) filhos(as) são vistos como revol- tados (as) e rebeldes e, por não serem compreendidos (as), a rebeldia acaba se tornando uma realidade. Nesse conflito, é importante não co- meter o erro de tentar encontrar um cul- pado. Essa é uma etapa nova e desco- nhecida tanto para as mães quanto para os (as) filhos (as), que devem superar as diferenças sem desgastar a relação familiar. Algumas vezes a desaprovação das mães sobre atitudes dos filhos (as), sobre quem são ou como são se torna intolerável. É neste momento que por muitas vezes acontecem os cortes nas relações: filhos (as) que deixam de falar Feliz Dia das Mães
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