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nº 1 abr/2006
OPoderdamúsica
O medo dos fenômenos naturais, e necessidade
de defesa, a ânsia de comunicação, provavelmente
levaram os primeiros homens a movimentar-se e
emitir som em forma ritmada. As danças e as músicas
expressavam revoltas ou rejeição, alegria da vida ou
terror da morte, vitória e derrotas. Depois, o homem
aprendeu a produzir novos sons: bateu com os pés no
chão, com os punhos no peito, com madeira ou osso
em outro objeto. “Inventava” a percussão, o tambor, e
daí as outras famílias de instrumentos musicais - sopro
e cordas – foi questão de tempo e evolução técnica.
E uma característica acompanhou a música, por
longo tempo: não era praticada em separado, mas
sempre aliada a alguma cerimônia religiosa ou mágica.
Os instrumentos, os gritos, os gestos, os cantos serviam
para comunicação tribal, para a guerra, para avisar
sobre perigos ou espantar os animais, para evocar o
auxílio das divindades ou afastar os espíritos nefastos
(o poder da música).
De certa maneira, a musica é tão natural ao homem
como a palavra. Os antigos monumentos nos ensinam
que a música era grandemente apreciada entre os
Assírios, Egípcios e outros povos.
Infelizmente, não chegaram até nós documentos
escritos que nos pudessem dar uma idéia do
desenvolvimento alcançado, tudo fazendo crer que
esta arte não tenha atingido a mesma perfeição que
as outras ou, ao menos, o seu evoluir tenha sido mais
lento e tardio.
Entre todas as artes , a música desfruta do lugar mais
importante na vida contemporânea, sempre presente e
até indispensável em qualquer manifestação de vida
coletiva, abrangendo todas as camadas sociais.
Prova disso são os dois acontecimentos recentes no
cenário musical no Brasil. Os fenômenos do Rock And
Roll, Rolling Stones e o U2 que levaram seus fãs ao
delírio.
Rolling Stones e U2, sem sombra de dúvida, são
os principais ocupantes do posto dos “maiores” shows
de rock da atualidade entre tantas outras bandas
existente no planeta. Já visto que as duas bandas,
mantém uma rígida e absoluta seriedade e qualidade
inabalável. Se notarmos a diferença de 14 anos que
José Machado
Violonista, Cantor e Professor de canto
separam a formação das bandas dá para perceber
com clareza que o mundo de 1962 e o mundo de 1976
eram mais parecidos do que o mundo de 2006 em
diversos aspectos, político, social, cultural, religioso e
principalmente musical.
Isto é o poder da música
OPoderdamúsica
por José Machado
Opinião
