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Maio / 2015 - nº 96
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estaque
seus pais noutros tempos faziam. “Seguimos os modelos
das nossas mães que seguiram os modelos das nossas avós
e com certeza nossas filhas irão seguir nossos modelos. Isso
passa de geração para geração, é cultural”, defende Martin,
que salienta a importância da compreensão por parte dos
filhos com relação ao comportamento julgado como chato
adotado por suas mães. “Apesar de muitas vezes rotular-
mos nossas mães de chatas, invasivas e grudentas, nunca
devemos nos esquecer de que elas nos amam acima de qual-
quer coisa e que por seus filhos são capazes de dar a própria
vida”, completa.
Para a doutora Cristiane Maluf Martin, o maior desafio
da mãe está na busca pelo equilíbrio entre a boa educação e
o excesso de permissividade, pontos muitas vezes confun-
didos. “Nós mães precisamos ser compreensivas sem ser
fracas, dar amor e carinho sem esperar retorno, ter a cora-
gem de dizer não na hora certa e impor limites na mesma
medida da atenção, do carinho e do perdão. Sobretudo ser
presente na vida dos nossos filhos”, comenta a profissional,
que garante ser impossível compreender e entender perfei-
tamente o lado das mães sem se tornar uma. “Já as mulhe-
res que fazem a opção por não terem filhos vão continuar
saboreando a doce aventura de ser a filhinha da mamãe, in-
dependente da idade, porque para as mães os filhos nunca
crescem”, pontua.
Sobretudo, é importante ter em mente que mãe, na gra-
de familiar, pode se dizer, salvando as exceções, que é o
laço mais forte de afetividade. É ela quem tem o poder de
unir irmão e selar a paz na residência. Ou seja, o papel da
mãe vai muito além da criação dos filhos. E respeitá-la é
ato de grandeza e reconhecimento, mesmo quando o rela-
cionamento parece delicado. “Mesmo as pessoas que ainda
não têm filhos devem se colocar no lugar da mãe, para evi-
tar conflitos ou muitas vezes a rotularem de chata”, finaliza
Cristiane Martin.
Algumas frases clichês ditas por mães:
• “Você acha que eu sou sócia da Eletropaulo?”
• “Se eu levantar daqui”
• “Se eu for aí e achar, você vai ver”
• “Você quer me matar, é?”
• “Se eu sumisse você ia ver!”
• “Vai me dar valor quando eu morrer”
• “Quando eu tinha sua idade eu já trabalhava e ainda
cuidava da casa.”
• “Você me respeite, eu sou sua mãe!”
• “Isso não é um quarto, é um chiqueiro!”
• “Quando eu mandar você fazer uma coisa, é na hora
que eu mandar.”
• “Quer dormir com a bunda quente?”
• “Eu vou contar até 3….”
• “Isso! Quebra mesmo! Não foi você que pagou!”
• “Em casa a gente conversa…”
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