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Outubro / 2015 - nº 101
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D
estaque
Animais de estimação ajudam
no desenvolvimento infantil
por Arilton Batista
A relação e o carinho que o ser humano tem com ani-
mais de estimação não é algo recente. Transcende muitas
gerações, de centenas e centenas de anos. Em diferentes
partes do mundo os povos se identificam com animais de
diferentes espécies. No geral, cães, gatos e aves são as
mais comuns no meio ambiente doméstico. Naturalmen-
te, entende-se que o bicho é quem está sendo ajudado,
acolhido, sendo que, na verdade, acontece uma troca. Ele
também exerce uma função muito importante dentro da
família, justamente por contribuir com o desenvolvimen-
to infantil, seja por meio de estímulos emocionais ou até
mesmo práticos, na criação de senso de responsabilidade,
entre outros. Especialistas ressaltam essa característica e
até indicam a aquisição de animais.
Para que a criança tenha uma relação saudável e
proveitosa com o animal, entretanto, é essencial que
um adulto supervisione e administre a situação ao me-
nos nos primeiros contatos. Segundo a psicóloga Dra.
Rosana Machado, especializada em psicodrama, psi-
cologia transpessoal, constelação familiar sistêmica e
espiritual, que atua há mais de 20 anos no setor, explica
que a importância do apoio de um adulto se dá pelo fato
de a criança ainda estar em desenvolvimento. A profis-
sional, porém, salienta a importância dessa convivên-
cia no aspecto moral. "A convivência com animais de
estimação desenvolve responsabilidade e compromisso
quando ela acompanha os cuidados com a rotina, como
a higiene do bichinho, alimentação, levar para passear,
etc.", diz. Além disso, existe o desenvolvimento físico,
por meio das brincadeiras que
os pets proporcionam.
No campo emocional os benefícios também são enor-
mes, já que a criança passa a perceber a saudade que o
animal sente dos donos, o carinho e até o ciúmes. A Dra.
Rosana Machado explica que as crianças têm maior fa-
cilidade de desenvolver bons sentimentos quando con-
vivem com animais de estimação dentro de casa, como
membros da família. "Potencializa a sensibilidade, as-
sim como a afetividade, o carinho, o respeito à vida e
a compreensão com a transitoriedade das experiências:
doenças e cuidados; vida e morte. Sentimentos como
compaixão, solidariedade e respeito desabrocham mais
facilmente", comenta.
Para que esses pontos sejam estimulados, principal-
mente as questões morais e de comportamento, a forma
como o animal é inserido na família é muito importan-
te. Segundo a Dra. Rosada Machado, é nesse momento
que as regras devem ser conversadas, para que não haja
contratempos no decorrer da convivência. "A maneira
que é introduzido o animal é importante no sentido de
estabelecer regras, rotinas e começar o convívio que
irá desabrochar no amor ou não. Às vezes a escolha do
animal é idealizada ou impulsiva não considerando o
que o bichinho precisa, quais são as necessidades ou as
características do animal. Se ele gosta de colo, de crian-
ça ou não. Ou quem irá se responsabilizar pela rotina,
quais as necessidades; tudo isso precisa ser combina-
do", orienta Machado.
COMO ESCOLHER O PET? - É a pergunta que
muitos fazem antes de adquirir um animalzinho. Saber
qual o pet ideal para manter a harmonia familiar é algo
que deve ser levado em consideração. Afinal, o bichi-
nho se tornará, a partir de então, mais um membro do
lar e estará próximo, diariamente - quando é o caso -,
dos filhos pequenos.
A médica veterinária Dra. Carolina Branco
Bardese explica que a escolha pelo pet deve
acontecer de acordo com o comportamento
de cada criança. "Não se pode esperar que
gatos façam longas caminhadas ou brin-
quem igual aos cachorros. Então, os in-
dico para crianças mais calmas e que a
intenção não seja gastar tanta energia.
Uma criança mais agitada pode ter
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