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Julho / 2014 - nº 86
S
aúde
É um transtorno de ansiedade com características pró-
prias, onde existe omedo de que algo ruim ocorra de forma
inesperada.Asituaçãodepânico começa inesperadamente e
traz consigo os seguintes sintomas: medo súbito, tremores,
sensação de falta de ar ou sufocamento, dor ou desconforto
torácico, náusea ou desconforto abdominal,medo de perder
o controle, medo demorrer, calafrios, ritmo cardíaco acele-
rado, irritabilidade.
Esses sintomas desenvolvem-se abruptamente e alcan-
çam seu pico em mais ou menos dez minutos. O estado
de tensão é permanente. Algumas informações que se tem
notícia na literatura atual, são importantes para conhecer o
transtornomelhor:
- O transtorno do pânico é relativamente mais comum
em mulheres do que em homens, atribuída pela variação
hormonal.
-Ataquesdepânicocostumam surgir naadolescênciaou
no início da idade adulta.
-Homens com transtornodopânicodesenvolvem sig-
nificativamentemais diagnóstico de depressão.
O transtorno do pânico já é considerado um proble-
ma sério de saúde. Atualmente, 2% a 4% da população
mundial sofre deste mal, e as pessoas que apresentam o
transtorno costumam fazer uma “via crucis” a diversos
especialistas e após uma grande quantidade de exames
complementares recebem o diagnóstico do “nada”, o que
aumenta a insegurança e o desespero.
Opânicoé real epotencialmente incapacitante, e,mui-
tas vezes por causa dos sintomas desagradáveis, pode ser
confundidocomdoençascardíacasououtradoençagrave.
A repetição das crises súbitas, sem causa aparente, sem
diagnóstico clínico e com as mais variadas explicações,
gera a descrença na própria capacidade de lidar com elas.
O transtorno tende a surgir commais frequência em
pessoas que apresentam altonível de estresse e ansiedade,
predisposição genética, uso de drogas, uso de álcool, mu-
danças e perdas significativas podem também contribuir
para o seu aparecimento.
Podemosdesenvolver adoença semquehajaqualquer
motivo aparente.
O importante é saber que existe tratamento com re-
sultadosextremamenteeficazes. Faz-senecessárioum tra-
tamento que vise estabelecer o equilíbrio bioquímico na
primeira etapa e isso pode ser feito através do uso deme-
dicamentos antidepressivos e ansiolíticos, e numa segunda
etapa psicoterapia cognitivo comportamental, que prepara o
paciente para que ele possa enfrentar seus problemas, limi-
tes e adversidades vitais demaneira consciente.
Trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova
forma de conduta, priorizando o enfrentamento dos seus
medos e autocontrole.
Osucessodo tratamentoestádiretamente ligadoaocom-
prometimento do paciente com omesmo. Todas as pessoas
que sofrem do transtorno do pânico devem buscar entender
as peculiaridades que envolvem omal e fazer uma “aliança
terapêutica”como tratamentopsicológicoepsiquiátrico, no
sentido de juntos superar as dificuldades que poderão surgir
na busca do equilíbrio pessoal e emocional.
OTranstornodoPânico
comoumproblemasério
RenauraSilvaFrancisconiPardal
CRP35469-7•Psicóloga
Clínica e Psicopedagoga • Consultório: Rua Jorge Augusto, 656
sala 19 •
• cel: 99299-0932
1...,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50 52,53,54,55,56,57,58,59,60,61,...84
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