citypenha Julho 86 - page 42

Julho / 2014 - nº 86
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O vereador Floriano Pesaro visitou a redação da revista
e na oportunidade conversou rapidamente sobre como ele vê
nossa região eonovoPlanoDiretor.
CityPenha:
Comoo senhor vêonovoPlanoDiretor?
Floriano:
Agente temque aprender comos erros dopassado
e não cometê-los novamente. Nós tivemos o PlanoDiretor de
2004 que foi um desastre no ponto de vista damobilidade, da
preservação das áreas ambientais, das áreas demanancial, das
encostas,dosnossoscórregos.Foiumdesastre tambémnopon-
todevistadodesenvolvimento social.Elenão sepreocupoude
fato com a construção de moradia popular, simplificano esse
debate e a ação pública na criação deZonas Especiais de Inte-
resse Social, a ZEIS, como se isso fosse o suficiente para que
houvessedesenvolvimento social, enão foi oqueaconteceu.
O novo Plano não protege as áreas de manancial regula-
rizando ocupações em áreas demanancial, em áreas onde há
nascentes de águanuma cidadeque é tão fragilizadadoponto
de vista de abastecimento de água, e tambem nãomelhora a
mobilidade na cidade. Ao contrário, ele propõe algo que pa-
rece ser inteligente, a verticalização em áreas de corredores
viários, sóqueamaioriadessasáreasésuperpovoada.Quando
se optou por construir oMetrô, as estações emesmo os cor-
redores, se feznas áreas emque jáhaviagrande concentração
depessoas.Então, oquemeassustaéqueabreapossibilidade
de secriar corredordeônibusemqualquer lugar sóparapoder
construir umPotencial 4 e adensar.
CityPenha:
Oque éprecisoparamelhorar amobilidade?
Floriano:
Para melhorar a mobilidade o Plano precisaria
criar zonasmistas, demoradia e comércio, em todos os bair-
ros da cidade, para que as pessoas pudessemmorar, estudar e
trabalhar em seus bairros. Esse é o conceitodas cidades com-
pactas. Para a população da Penha isso émais fácil de enten-
der, porqueaPenhaéconsideradaumbairrocidadecompacta,
porque aqui vocêpodermorar, estudar e trabalhar.
CityPenha:
Entãoporqueobairronãoestá tendoprogresso?
Floriano:
O que eu acho que acontece com a Penha espe-
cificamente é que ela ficou pressionada, do ponto de vista
do fluxo da sua circulação, entre aMarginal Tiete, a Radial
Leste e aSalimFarahMaluf.
A Penha é uma área protegida da cidade. Isso tem um
ladobom, que émanter justamente as casas, os costumes, as
famílias, omesmocomércio, amesma rua.Poroutro lado, se
ela semantiver dessa forma, sem se abrir para o restoda ci-
dade, osmaisvelhosvãoemboraeosmaisnovosvãobuscar
bairros mais modernos, onde há apartamentos mais moder-
nos, empregosmaismodernos, e o bairro vai envelhecendo
sem se renovar.
Enão é issoque agentequer para aPenha.Agentequer
que aPenha se integre às outras partes da cidade. Isso signi-
fica criar algumas áreas de comérciobom, algumas áreas de
bares e restaurantes bons, como aconteceunoTatuapé.
APenha tem umaBasílica que é espetacular e que pou-
cos paulistanos conhecem. É preciso abrir essa igreja, essa
região, a praça da igreja, a restauraçãoque já foi feita.Abrir
para festas, para encontros, para eventos cívicos. Trazer o
fluxo para a Penha e permitir com que omercado imobiliá-
rio, de forma organizada, possa, em alguns eixos, construir
novasmoradias, prédiosnovos, novosconceitosde sustenta-
bilidade, prédios com energia solar, com água de reuso. En-
fim, a modernidade chegar à Penha. Ter apartamentos com
espaço gourmet, ter vaga na garagem. Eu diria que a Penha
precisa se abrir aomundo.
FlorianoPesaro
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