CityPenha março 2017 - page 14

Março / 2017 - nº 118
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D
estaque
Nas vésperas da eleição do Conselho Deliberativo que es-
colherá a nova diretoria do Clube Esportivo da Penha, conver-
samos comAfonso Celso Lenzi, o Afonsinho, atual presidente
e candidato à reeleição para o novo mandato.
CityPenha:
Você tem uma longa história no CEP, o que é mais
importante falar para os associados?
Afonso:
O mais importante que eu quero passar para os asso-
ciados do clube nesse momento é a experiência que temos, ve-
nho participando das administrações mesmo antes do meu pai
ser presidente. É preciso que o associado saiba de toda experi-
ência que a gente tem para administrar o clube, porque isso não
é como abrir um boteco na esquina, vender uma cerveja, uma
pinga, um sanduíche e acabou. Administrar o clube é muito
complexo, você tem que ganhar essa experiência antes de que-
rer ser presidente. Entrei como conselheiro aos 21 anos de ida-
de e já faz 37 anos que sou conselheiro do clube. Na gestão do
Sr. Gallo como presidente, eu fui membro do Conselho Fiscal
e ali comecei a me acostumar com as contas do clube, entender
a entrada e a saída de dinheiro, para o que ele era usado, onde
era distribuído, e de lá para cá, eu venho participando de todas
as administrações. São quase 30 anos participando ativamente
e aprendendo o que é a administração do clube.
CityPenha:
Tradicionalmente não existe uma oposição atuan-
te na política do CEP?
Afonso:
Realmente não é comum. O sistema do clube não
está acostumado a ter uma oposição, mas para mim isso é uma
coisa natural, porque a minha vida na política foi uma escola
onde aprendi a conviver com alguém que não pense como eu.
Fui presidente de dois partidos, o PTB e o PV. Fui vereador,
candidato a deputado, secretário de governo da prefeitura de
Santa Izabel e com tudo isso ganhei uma experiência política
que me faz assimilar muito bem a existência de uma oposição,
com ideias diferentes das nossas.
CityPenha:
As diferenças de opinião que formam uma opo-
sição devem ser analisadas e até absorvidas para uma gestão
ainda melhor?
Afonso:
Claro que sim, afinal administrar o clube não é tarefa
fácil. Mas por mais que a gente aceite uma oposição como uma
coisa natural e bem-vinda temos também que tomar cuidado
porque as vezes a pessoa quer o poder pelo poder. Estamos li-
dando com uma instituição de 87 anos, uma instituição que faz
parte da história da cidade de São Paulo, e de repente alguém
resolve ser presidente e acha que vai sentar aqui na cadeira
e está tudo certo. Aqui é muito trabalho, tem problema 24h
por dia. Demanda muito tempo, muita dedicação. Eu venho
ao clube todas as manhãs e todos os finais de tarde e, quando
necessário, durante o dia.
CityPenha:
Um ponto muito importante na administração é a
equipe, porque ninguém administra sozinho, correto?
Afonso:
Com certeza, você precisa ter uma diretoria bem
selecionada e esse é um ponto muito gratificante para mim.
A diretoria que eu tenho se engajou no clube, eles tomaram
o clube como se fosse a família deles. Eles sabem resolver os
problemas, temos pessoas específicas e capacitadas em cada
lugar. O vice-presidente de finanças é diretor de banco, a equi-
pe de patrimônio são pessoas que conhecem o ramo, são en-
genheiros, donos de construtoras, etc. Um ponto importante a
destacar é que todos são voluntários, ninguém é remunerado
por esse trabalho.
CityPenha:
Como você qualifica sua gestão no CEP?
Afonso:
Quando você se propõe a um cargo desse você tem
que ter estrutura e conhecimento, por isso queremos que o as-
sociado reconheça aquilo que foi feito nesses últimos dois anos
com todas as dificuldades que o país vem passando, que tam-
bém atingiu o clube. Convivemos com dificuldades financei-
ras, mas não devemos nada para ninguém e realizamos muitas
coisas. Enfrentamos problemas pontuais, como por exemplo,
logo que entramos na administração estourou o balneário e ti-
vemos que fazer uma piscina climatizada nova, foram gastos
cerca de 250 mil reais. Essa é uma verba que não se esperava
gastar naquele momento. A piscina aquecida também foi toda
reformada e modernizada e a casa de máquinas do balneário foi
toda reformada. Ela foi feita há 50 anos atrás e nunca ninguém
mexeu. Nós reformamos ela toda com nossos funcionários,
com mão de obra própria. O campo de futebol do meio, que
hoje graças a Deus está em fase final e devemos inaugurar ago-
ra em março, é um anseio dos praticantes de futebol há mais de
Eleições no CEP
Afonso Celso Lenzi candidato a reeleição
Campo do Meio reformado agora tem irrigação computadorizada
Inauguração das novas instalações do Memorial do CEP
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