CityPenha outbro 2015 - page 36

Outubro / 2015 - nº 101
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armamento de grosso calibre, o que para ele, “dificulta um
pouco” a parte de enfrentamento. “E é por isso que a gente
acredita muito nessa parte de investigação e realmente em
perseguir, não no momento do crime, mas posterior ao cri-
me ou na investigação preventiva’, pondera.
O Coordenador Operacional da PM, Coronel Gilberto
Tardochi, cita que os casos, apesar de assustadores, estão
em queda se comparados entre o 1º semestre de 2014 com
o 1º semestre de 2015. “Tivemos uma redução de 27%
neste tipo de ocorrência”, comenta. Tardochi afirma, ain-
da, que nos primeiros seis meses deste ano, a PM atendeu
51 ocorrências assim e deteve 68 criminosos. “Apesar de
os criminosos usarem armas mais pesadas, a PM é bem
mais treinada e está preparada para atuar em casos desta
natureza”, ressalta.
O delegado Fábio Pinheiro Lopes conta que a Delega-
cia de Roubo a Bancos já desarticulou neste ano diversas
quadrilhas que atuavam, especialmente, na zona sul. “Tem
outra quadrilha que age na zona sul que está sendo mapea-
da. Prendemos um individuo e temos mais três identifica-
dos. A nossa parte está sendo feita.”
Para falar do tema participaram também os deputados
Coronel Telhada e Welson Gasparini, o ex-Secretário Na-
cional de Segurança Pública, Coronel José Vicente e Túlio
Kahn, pesquisador e sociólogo. Vicente destaca que os de-
litos de explosão a caixas podem afetar casas no entorno e
causa pânico, além de levar, em média, dois minutos para
serem realizados, o que acaba sendo atraente para os ban-
dos. “É necessário criar dificuldades para isso”.
Coronel Camilo diz que outras reuniões devem ocorrer
nos próximos meses. “Estamos no caminho certo. É im-
portante que todos sentem e conversem com a finalidade
de mudar esse cenário e propor soluções rápidas”, finaliza.
Todos podem colaborar com sugestões sobre este tema,
que podem ser encaminhadas para o e-mail: contato@co-
ronelcamilo.com.br.
Explosão a caixa eletrônico
é tema de discussão na
Assembleia Legislativa
Deputado Coronel Camilo reuniu policiais e especialistas
em segurança na Assembleia Legislativa, para propor ideias
que possam combater esse crime. Os resultados podem
gerar projetos de lei ou sugestões ao governo
Os casos de estouros a caixas eletrônicos foram deba-
tidos no dia 24 de setembro, durante uma Audiência Pú-
blica na Assembleia Legislativa. A discussão, às 10h, foi
proposta pelo Deputado Estadual Coronel Camilo, Coor-
denador da Frente Parlamentar de Segurança Pública, que
sediou a audiência. Participaram do encontro a Federação
Brasileira dos Bancos (FEBRABAN), Delegacia de Re-
pressão a Furtos e Roubos a Bancos, do DEIC, represen-
tantes da Polícia Militar e especialistas no assunto.
“O nosso objetivo é ouvir autoridades em segurança e
transformar ideias apresentadas nesta reunião em propo-
sições que possam ser aplicadas na Assembleia”, explica
Coronel Camilo. Segundo ele, esse tipo de ocorrência tem
causado uma forte sensação de insegurança na população
de São Paulo. “Além de perdas patrimoniais no entorno, as
ações colocam inocentes em risco até pelo uso recorrente
de explosivos e armas longas pelos criminosos”, completa.
Só na PM, há dois policiais feridos gravemente ao comba-
ter esse delito, um deles, segue internado.
De acordo com o Diretor de Negócios e Operações da
FEBRABAN, Leandro Vilain, os bandidos estão usando
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