CityPenha Setembro 2017 - page 12

Setembro / 2017 - nº 124
12
350 anos de história
E
special 350 anos
adptado do texto de Lúcia Helena de Camargo
De Marco
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Rua Padre Benedito de Camargo, 87 | Penha |
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Parabéns Penha, 350 anos.
Nos orgulhamos de estar há
40 anos
fazendo parte da história
desse bairro tão importante.
Em sua certidão de nascimento, o bairro tem 337 anos
de idade. Data de fevereiro de 1667 a fundação da Igreja
Nossa Senhora da Penha de França, construção que deu ofi-
cialmente início à região. O povoamento, porém, começou
bem antes. As primeiras referências históricas são de 1532,
quando se estabeleceram nos campos do Ururaí (hoje per-
tencente ao Tatuapé) os primeiros moradores, com posse de
sesmarias. O historiador Sylvio Bomtempi, em seu livro Pe-
nha Histórica (editado pela Universidade Cruzeiro do Sul,
São Paulo, 2001) relata que em 1560 o padre José de An-
chieta nomeou o local, então uma aldeia de índios catequi-
zados, como São Miguel de Ururaí. Vinte anos mais tarde
há registro de que aos religiosos foi cedida outra sesmaria.
Segundo Maria Cândida Vergueiro Santarcangelo,
no livro Penha de França 1668-1968, também a primei-
ra igreja da Penha pode ter sido construída mais cedo do
que a data oficial indica. “Muitos moradores deixavam a
vontade expressa de serem sepultados na Igreja de Nossa
Senhora da Penha de França, como era costume de ou-
trora. Alguns testamentos datavam da primeira metade do
século 17, o que faz supor que a capela tenha sido erguida
entre 1630 e 1650”. Curiosamente, permanece gravada no
pórtico de entrada da igreja a data 1682. De acordo com
Bomtempi, essa inscrição foi feita na reforma de 1937.
“Nessa época, não haviam documentos que comprovas-
sem a verdadeira data de fundação”, explica.
“Hoje se poderia corrigir essa inexatidão”. A construção
foi obra do padre Jacinto Nunes de Siqueira, que a ergueu no
local da antiga capela. Amatriz não apenas tornou- se o mar-
co inicial da Penha, mas também ajudou a região a prosperar.
O próprio padre, ao morrer, legou suas propriedades à igreja.
Em 1684, a abertura de seu testamento revelou que ele dei-
xara para a paróquia, além das terras que ficavam “pegadas
ao ribeirão ari-Candivay”, atual Aricanduva, a casa em que
morava, cinquenta vacas, a quantia de quinhentos mil réis e
doze índios “que não são senhores de toda a sua liberdade”.
Segundo o dicionário, Penha significa “grande massa
de rocha isolada e saliente”, “penhasco” ou “penedo”. Os
devotos começaram a vir de São Paulo, de outras cidades
e até de outros Estados. E não apenas rezavam na igreja,
mas também, a exemplo do padre Jacinto, legavam par-
te de seus bens a Nossa Senhora da Penha de França. O
padre assinava recibos das doações recebidas. Com base
neles, pode-se concluir que a igreja não tinha problemas
financeiros na época.
Entre os que procuravam índios para gerar mão-de-
-obra escrava, destaca-se a atuação do bandeirante seis-
centista Domingos Leme, possuidor de sesmarias rece-
bidas, em 1643, do capitão-mor Francisco da Fonseca
Falcão. Outro desbravador radicado na região foi Amador
Bueno da Veiga, dono de muitas terras desde Guarulhos
até a Penha, ao longo do Vale do Rio Tietê. Hoje, dá nome
a uma avenida que corta o bairro.
No dia 15 de setembro de 1796, a Penha foi elevada à
categoria de freguesia, integrando regiões que atualmente
formam os bairros Guaianases, São Miguel, Ermelino Ma-
tarazzo e Vila Matilde.
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