Abril / 2014 -  nº 83
        
        
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          quistas inéditas da Taça Libertadores da
        
        
          Américade2012 edoMundial deClubes).
        
        
          A lista se tornaria gigantesca, se todos os
        
        
          grandes atletas fossemmencionados.
        
        
          Já no futsal, antigo futebol de salão, o
        
        
          destaque como o último homem da defesa
        
        
          está por conta do bicampeãomundial pela
        
        
          SeleçãoBrasileira, em 1992 e 1996, e que
        
        
          é recordista em atuações com a camisa do
        
        
          Brasil em campeonatos mundiais. Paulo
        
        
          Sérgio Baptista, o Serginho, nasceu e foi
        
        
          criado no bairro da Penha e iniciou a car-
        
        
          reira de atleta pelo CEP – Clube Esporti-
        
        
          vo da Penha quando ainda tinha dez anos.
        
        
          Antes de ir para a Seleção Brasileira, saiu
        
        
          do CEP para o Gercan (Grêmio Esportivo
        
        
          Gercan), noCentrodacidade.No futsal ele
        
        
          jogou ao ladodegrandes nomes do futebol
        
        
          de campo, como o Casagrande (ex-Corin-
        
        
          thians, São Paulo, Flamengo e Seleção do
        
        
          Brasil). Para se ter ideia da grandeza e representatividade
        
        
          de Serginho para o futebol e para o esporte brasileiro, ele
        
        
          foi eleito por cinco vezes o melhor goleiro da Liga Na-
        
        
          cional de Futsal. Quando indagado sobre ter escolhido o
        
        
          futsal, emvezdo futebol de campo, elebrinca: “Achoque
        
        
          fiz a escolha certa”.
        
        
          Aescolha pela posiçãode goleiro foi algoquefluiude
        
        
          forma natural. Ele conta que, quando criança, o pai dele
        
        
          resolveu presentear ele o irmão com camisas de futebol
        
        
          e que ele escolheu a de goleiro. “Por incrível que pareça,
        
        
          achoquenasci goleiro.Eu semprebrincavacommeuspri-
        
        
          mos mais velhos, queme colocavam para jogar no gol, e
        
        
          eu acabava jogando bem.Mesmo sendo omenorzinho da
        
        
          turma, eu tinha certo destaque. E eu comecei a jogar no
        
        
          gol dessa forma”, conta Sérgio. O estigma de que os que
        
        
          não sedestacavam jogandona linhaacabavamvirandogo-
        
        
          leiro, porém, ainda existia. E esse foi um certodesafioque
        
        
          Serginho teve de ultrapassar. Ele mostrou que o goleiro
        
        
          também era ummembro de qualidade dentro da equipe
        
        
          atravésde suasconquistasepelaposturadentrodequadra.
        
        
          Ele, por exemplo, foi umdos primeiros –quiçáoprimeiro
        
        
          deles – a ser patrocinado por de luvas e ter o nome es-
        
        
          tampadono tênis. “Um bom time começa comum grande
        
        
          goleiro. Tem que ter um bom goleiro. Não é qualquer um
        
        
          quepode irnogol deumagrandeequipe.Umgoleiromeia
        
        
          boca numa equipe boa pode levar o time a perder tudo, a
        
        
          tomargolsemhoras importantesdapartidaeaatéaperder
        
        
          títulos”, dizSerginho.
        
        
          Muito se fala sobre a enorme responsabilidade de um
        
        
          goleiro. Se ele errar, mesmo que de uma forma simples, a
        
        
          equipepode levarumgol decisivo, definir apartidae fazer
        
        
          com que o time e os torcedores voltem para casa frustra-
        
        
          dos. Os erros, entretanto, são comuns. Há o clichê de que
        
        
          “errar é humano”. E é, de fato. Sergio conta que, obvia-
        
        
          mente, ele também errava, mas que suas falhas nunca fo-
        
        
          ram tão impactantes ao ponto de levar a equipe à derrota.
        
        
          “O problema está em tomar um frango e o time perder de
        
        
          umazero.Ogoleiro temque ter anoçãodequeéoúltimo
        
        
          Reprodução poster revistaPlacar de 1996 - Serginho está em pé, o segundo da esquerda
        
        
          para direita, ao lado do tecnicoTacão
        
        
          D
        
        
          estaque