CityPenha abril/2014 - page 52

Abril / 2014 - nº 83
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homem. Temque estar preparadopsicolo-
gicamente”, comenta. Para ele, oque tam-
bémofuscava suas falhas eram as grandes
atuações em partidas importantes. “Só
que eu tinha a felicidade de em grandes
momentos ser o destaque da equipe; em
finais, em jogos importantes, decisivos,
em que se perder está fora. Eu conseguia
aparecer nessesmomentos”, conta.
No salão, diferente do campo, o dina-
mismo da partida é muito maior. Prova
disso é tamanho da quadra e do campo
de jogo. O campo do estádio doMorum-
bi, por exemplo, possui 108,2 metros de
comprimento por 73metros de largura. Já
oGinásioPresidenteCiro I, daFPFS–Fe-
deraçãoPaulista de Futebol de Salão, tem
35m x 18m. O jogo émais rápido e todos
os jogares são exigidos muitas vezes du-
rante a partida. Essa velocidade existente
no futsal faz com que os goleiros não apenas evitem ao
máximo falhar, como também superemmais rapidamente
algumpossível erro. “Oproblemadogoleirode futsal não
éogol tomado, precisamente.E, sim, apróximabola.Não
pode se abalar. Porque depois de 10 ou 15 segundos
vai vir outro lance, outra bola, outra jogada. É tudo
muito rápido”, explica o goleiroSerginho.
Construir a carreira que Serginho construiu, com
base sólida, e superar os desafios naturais da posição
de defensor da meta não é uma tarefa que demanda
apenas habilidade. Os fatores psicológico e emocio-
nal podem interferir bastante para o sucesso. Segundo
Sérgio, é natural que no início da carreira o goleiro
se deixe levar pelas emoções. Ele mesmo já discutiu
com torceres que estavam atrás do gol. Apesar de ter
sido um atleta vibrante, que gritava com o restante do
time e chamava a torcida, a concentração com a parti-
da nunca foi deixada de lado. “Costumo dizer que era
como num teatro. Quando o jogo começava, as corti-
nas eram abertas. Você tem que colocar em atuação
tudo aquilo que foi treinado. E eu esquecia um pouco
da torcida, dos gritos na orelha. Não davamuita bola,
para não perder a concentração do jogo”, conta.
Pode soar irônico.Mas ogoleiro tem comoobjeti-
voprincipal impedir omomento ápicedapartida.Gri-
tar gol é que todo mundo quer. Centenas de pessoas
nas arquibancadas engolem a alegria.Milhares de tor-
cedoresdeixamdecomemorar. Evários choramaper-
da de um pênalti ou a desclassificação do campeona-
to. Por outro lado, há os torcedores que comemoram,
gritam e têmmotivos de imensa alegriapelo empenho
donúmero1do time.Deherói avilão, ogoleironão é
apenas o coadjuvante no palco da bola.
Serginho participa deHomenagem aos idolos doFutsal realizada pelaEsportivo
daPenha em dezembro e 2013
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