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Abril / 2016 - nº 107
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Dia da Sogra
D
estaque
No dia 28 de abril é o
Dia da Sogra
. A data é comemorada
todos os anos no Brasil, e muita gente nem se lembra dessa pessoa
que é tão importante na vida delas.
Ao longo do ciclo vital familiar, a mulher desempenha e acu-
mula diferentes papéis: passa de esposa para mãe, de mãe para
sogra, e de sogra para avó. Assim, a mulher que, enquanto espo-
sa e mãe, cumpre um papel central na organização familiar, no
cuidado e no vínculo com os filhos, ao tornar-se sogra, passa a
vivenciar um papel delicado e complexo.
Se como mãe é valorizada, como sogra pode tornar-se alvo
de críticas e de sentimentos ambivalentes. Isso revela como os
diferentes papéis familiares exercidos pela mesma mulher, em
momentos distintos de sua vida, criam interações emocionais
diversas. A entrada da figura da nora introduz uma mudança de
papéis na família. A aproximação entre essas duas mulheres – a
nora e a sogra - ocorre a partir de uma relação de parentesco obri-
gatório e não escolhido, na qual nem sempre existe empatia. Com
frequência, se estabelece uma competição entre ambas, enquanto
mulher, esposa, mãe e administradora da casa.
É possível predizer o confronto certo quando alguns ingre-
dientes estão presentes como:
Marido passivo e esquivo de lidar com conflitos; Esposa do-
minadora e/ou possessiva; Mãe do marido controladora, competi-
tiva e invejosa do lugar ocupado pela nora.
Quando o filho se omite, a situação fica mais difícil. A ten-
dência do homem é ficar neutro, sair do meio da briga. Mas é
importante que ele se posicione, segure a onda, ajude a colocar
panos quentes na situação.
A relação genro e sogra sempre foram um prato cheio para a
comédia, brincadeiras e piadas. Uma espécie de relação de “amor
e ódio” entre genros e sogras. Talvez aí esteja o motivo dessa com-
plicada relação e o fato da data passar quase sempre em branco.
Por que sogras têm má fama?
Segundo os psicólogos, o mito da sogra má é resultado de
inúmeras experiências através das gerações, que acabaram for-
mando um “arquétipo” (uma imagem pré-concebida de algo) no
qual prevalecem os aspectos negativos.
O resultado é que as sogras são obrigadas a conviver com más
referências, expressões pejorativas e uma infinidade de piadas,
como no nome do doce olho-de-sogra (cujo nome original era
olho-de-cobra) e do brinquedo língua-de-sogra (que, além de ser
“linguarudo”, provoca um som estridente).
Perante a lei, não se fala em ex-sogra, ex-sogro, ex-nora e ex-
-genro, pois esse vínculo permanecerá para sempre.
O casamento ou união estável pode terminar, mas o paren-
tesco com sogra/sogro permanecerá enquanto eles e a nora/genro
estiverem vivos.
Então, este parentesco será até que a morte o separe, porque
em vida, a separação nunca acontecerá.
Independente de ser odiada ou amada, a sogra tem uma série
de direitos previstos por lei e que muitos desconhecem. Um deles
está diretamente relacionado ao dever dos filhos de cuidar dos
pais. Segundo advogados, elas podem pedir na Justiça auxílios
como pensão alimentícia. A partir do momento em que duas pes-
soas se unem legalmente, as exigências passam a recair sobre o
casal, então a sogra pode requisitar dos dois, e não mais só do
filho ou da filha, os deveres básicos que todos os filhos têm com
seus pais.
Se as sogras forem também avós, elas podem entrar com pe-
dido de guarda dos netos em algumas situações. No caso de a
criança estar sendo maltratada pelos pais ou eles não terem con-
dições de criá-la, a avó pode pedir a guarda, com grandes chances
de ganhar.
Como conviver bem com sua sogra
Duas mulheres com origens, criações, idades e objetivos de
vida diferentes, com apenas algo em comum: o amor pelo mesmo
homem. Talvez, resumidamente, esta seja a origem de todos os
problemas de relacionamento entre sogras e noras.
Um verdadeiro tabu para muitos casais, uma fonte de discór-
dia para outros, uma fama que atravessa tempos, embora existam
exceções.
Na verdade, é possível conviver pacificamente, basta ter cui-
dado e muita paciência, lembre-se que antes de ser marido, ele era
filho e, muitas vezes, bem paparicado, por isso, o melhor é evitar
confusão e não criar conflito com a mãe de seu marido.
Temos que sempre lembrar que opiniões não são críticas, não
tome tudo como ofensivo; legitime o papel de mãe do seu par-
ceiro, ela não é uma inimiga, portanto, facilite o caminho deles
quando precisarem permanecer a sós.
Jamais coloque condições do tipo “ou eu ou sua mãe”. Além de
ser um pedido irreal poderá criar uma rachadura na admiração que
ele tem por você; bom senso é bom senso, vindo de que fonte vier.
Faça seu marido entender que a relação mãe e filho fatalmente
mudarão quando ele se comprometer seriamente na relação.
Dê a ela de presente o livro “Mães que amam demais”
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