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Dezembro / 2014 - nº 91
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Ilmar:
Temmuita coisa para ser feita. Como diretor social
eu já remodelei algumas áreas que estavam abandonadas,
como o lixódromo, de onde tiramos vários caminhões com
água e terra, e criamos um espaço cultural que foi a tenda,
inicialmente de circo e hoje é uma tenda de eventos. Outra
área foi a quadra de malha que estava desocupada, onde fi-
zemos o complexode boxa, com2quadras reformadas, com
iluminação e quiosques para churrasco. O lugar ficou um
cartão de visita.
A ideia é estender esse conceitopara tudo.No esporte te-
mos 36modalidades que precisam de espaço.Atrás da boxa
nós temos umginásio chamadoBernardão, sãoduas quadras
enormes, mas um negócio feio. Naminha gestão ele vai dar
lugar aváriasquadrasverticaispara resgatar obasqueteonde
oCorinthians já foi bi-campeão eovôlei quehoje está tendo
um grande destaque namídia. NaminhaGestão o projeto é
igualdadepara todos sendo assim, nesse espaço euvou fazer
o térreo para amolecada e os sócios, o primeiro andar vôlei
masculino, o segundo andar vôlei feminino, terceiro andar
basquetemasculino e feminino, handebol e no final quando
acabar as quadras, um ginásio, uma quadra bonita que nem
os americanos tem.
Outrograndeprojetoéconstruir umprédiode22andares
do lado esquerdodequem entrano clube, sendoos 6primei-
ros andares para o indoor que oCorinthians não tem, o bad-
minton, opebolim, oping-pong, o tênis demesa, uma sauna
descente. Os outros 16 andares serão uma rede hoteleira,
porque o clube está em um lugar estratégico, de fluxo fácil
e alternativo, do lado do aeroporto, do lado damarginal, do
lado dometrô, do lado da
rodoviária. Onde é omini
ginásio hoje vamos trans-
formar em um Centro de
Convenções com salas
para 90, 120 pessoas. A
cidade está carente deste
tipo de espaço.
Na fazendinha, o pro-
jeto é fazer um estaciona-
mento subterrâneo para
5 mil vagas e fazer
dela um espaço
multiuso, de modo
que possa ser usada
para eventos, sho-
ws, jogos, tudo isso
com cobertura retrá-
til. Para tudo isso eu
já tenho os projetos
elaborados e desenhados.
CityPenha:
Você falou que a situação financeira do clube é
delicada, como você vai viabilizar esses projetos?
Ilmar:
RealmenteoCorinthiansdevemaisde240milhões,
fora o novo estádio, só que nossa proposta para edificar e
construir novas áreas é um projeto de investimento, destina-
do a um fundo. Nosso projeto custa aproximadamente 600
milhões, e vamos buscar nesse fundo pelomenos 6 investi-
dores que coloquem 100milhões cada.
Operando com investidores, eles não querem saber de
propina. Eles querem rapidez, agilidade e qualidade. Esse
fundovai administrar efiscalizar aobra.Quando terminar te-
remos 6 andares que nãovão custar nada ao clube, os sócios
terão o indoor que não tem hoje e o clube passa a ter parti-
cipação no hotel e o uso da arena. Então eu estou transfor-
mando um espaço sem lucro e com prejuízo em dividendos
para o clube.
CityPenha:
Quando se trata deCorinthians é inevitável não
falar de futebol. Como você vai gerir essa questão?
Ilmar:
SeoCorinthiansnãoganharnenhumdos4campeo-
natos quedisputa émelhor fechar, nãodápara simplesmente
participar. Então qual é a ideia? No futebol é fortalecer o
time, todofinal de ano você tem quemudar o elenco, o time
do Corinthians é bom, você tem que trocar 3 ou 4 peças e
pronto. O futebol está muito caro e a nossa base não existe
mais, hojeelanãoédoCorinthians, nos estamos trabalhando
paraosoutros e issovai acabar. Para isso temosque terminar
nosso CT amador, que está em aberto para sair do Flamen-
guinho. É preciso pôr o futebol de base em baixo do profis-
sional, para começarmos a ligar isso e formar jogadores.
E
ntrevista
