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Dezembro / 2016 - nº 115
O
pinião
O Despertar de um Vôo:
Jogadores Sobreviventes
Mas quem poderia imaginar que todo um grupo
com o mesmo objetivo poderia ser desfeito de maneira
tão inesperada e funesta. No que se refere ao objetivo
do grupo, todos estavam a caminho de mais um teste
de desempenho, aquilo que qualificamos como jogo de
futebol, e neste caso, não somente mais um jogo e sim
um fato histórico para este clube, diga se de passagem,
fundado em 1973, e este jovem grupo de jogadores,
junto da comissão técnica, que estavam a caminho des-
ta disputa emérita.
O futebol, esporte este que desperta o interesse de
milhões de aficionados em todo o mundo e que, inde-
pendentemente de qualquer origem, idioma, gênero ou
raça, fala uma mesma língua ligada ao fenômeno sócio
cultural que é, e requer uma logística desmedida, que
ultrapassa as linhas do grande retângulo, ou seja, vai
além dos noventa minutos que estamos acostumados a
assistir em nossas telas.
Este esporte demanda uma energia de muitos pro-
fissionais, estes alguns, que também estavam presen-
tes no mesmo vôo, mas que tratavam de jornalismo,
de imprensa, de organização, e de outros valores ge-
radores do resultado final, o grande espetáculo televi-
sionado para milhares de amantes do futebol. Mas e
os sobreviventes? Os que literalmente renasceram...
Como tratar o psicológico destes atletas? Tare-
fa árdua esta que vai demandar tempo para colocar o
trem nos trilhos, pois muitas perguntas advindas de um
evento traumático como este podem surgir. A insegu-
rança de poder estar vivo e de não poder mais compor
este grupo campeão. Adúvida que paira sobre os que fi-
caram que se auto perguntam: “por que eles e não eu? ”
Neste caso, a frustração não é oriunda de um
fracasso durante o jogo por perder uma jogada, ou
um pênalti, mas sim de perder o conjunto que forma
o todo, que independente, de qualquer que seja o
resultado de um jogo, por mais importante que este
seja, a perda neste caso é irreparável. Por este moti-
vo, a reconstrução emocional dos que ficaram deve-
rá ser colocada em pauta pensando em um processo
de reconhecimento de suas capacidades físicas e
motoras e elevação de seu potencial emocional en-
quanto ser humano, posteriormente de seu potencial
atlético, enquanto jogador, buscando o auto dialogo
e o auto reforço, e confiar que voltar a jogar futebol
é algo possível.
Av Amador Bueno da Veiga, 1230 sl 305
Penha •
(11)
3562-2222 •
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99412-4145
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Estamos atendendo:
Vinicius Hirota
• Docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Professor
da disciplina de futebol e pesquisador de aspectos emocionais no esporte
Portanto, hoje, nós, amantes do futebol, vestimos a
camisa da solidariedade para com os esportistas e todos os
envolvidos neste desastre aéreo, sabendo que a vida trans-
cende qualquer time ou camisa de nossos amados clubes.
Foto: Divulgação Twiter
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