CityPenha maio 2017 - page 10

Maio / 2017 - nº 120
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Ser mãe é padecer
no paraíso. Será?
D
estaque
Provavelmente todas (os) nós já ouvimos esse di-
tado algumas vezes no decorrer da vida, mas afinal o
que significa isso? Para começar vamos recorrer ao
dicionário, primeiro veremos a definição de padecer:
“ser atormentado, martirizado, sofrer, suportar. Ser
vitima de violências físicas, sentir dores físicas ou
morais”. Agora vamos à definição de paraíso: “Lugar
de delicias, lugar onde a gente se sente bem, em paz
e sossego”.
Como duas palavras tão ambíguas podem compor
um mesmo ditado. Não é contraditório pensar que
pode haver algum tipo de sofrimento no paraíso?
Esse ditado popular trás a ambiguidade própria da
maternidade. Sim, existem coisas ruins nesse negó-
cio de ser mãe!
Muito se fala sobre o paraíso, somos diariamente
invadidos por mensagens informando como é divino,
encantador, sublime, mágico, maravilhoso tornar-se
mãe. Mas quase nunca existe um espaço para pen-
sarmos na parte do padecimento. No quanto a tarefa
de gerar e criar um ser humano é árdua, cansativa,
desgastante e etc.
Ser mãe é uma tarefa, e como todas as tarefas
existem muitas coisas boas e muitas coisas chatas
acontecendo simultaneamente. Primeiro vem à ges-
tação. É maravilhoso ver a barriguinha crescer e sen-
tir dentro de si os sinais de vida do nosso pequeno
filhote. Mas não é nada bom sentir enjoo, sono, en-
gordar sabe-se lá quantos quilos, não ter posição para
dormir, dores nas costas e por ai vai... Se pensarmos
com calma relacionaremos aqui muitos desconfortos
típicos dessa fase.
Depois nasce o bebezinho, ele é a coisa mais linda
do mundo! Capaz de despertar em qualquer mulher
muitos sentimentos amáveis como ternura, afeição,
vontade de cuidar, pegar no colo, proteger, alimentar
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