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Dezembro / 2017 - nº 127
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Festas natalinas sem conflito?
É possível...
D
estaque
Final de ano é época de confraternizações, reuniões familiares e,
junto com as festas, vem os conflitos. Se você já viu a ceia de Natal
se transformar em lavagem de roupa suja, reclamações e chateações,
saiba que a sua família não é única, as brigas e conflitos familiares são
quase inevitáveis nestas ocasiões.
As festas natalinas seriam as verdadeiras expressões de uma cul-
tura mundial ameaçada de desaparecimento pela chegada do progres-
so, da modernização e com mudanças bruscas do conceito familiar e
da contestação social.
A festa participa da integração cultural da família, faz ponte entre
as gerações, reata passado ao presente e aponta para o futuro. Mantém
laços. É lugar de simbolização “lúdica”, memória de sabores, ritmos,
músicas e gestos do grupo familiar e vincula elementos altamente
simbólicos: a origem, os vínculos entre as famílias e o lugar que cada
um ocupa na própria família.
Mas na atualidade devemos abandonar as percepções estreitas e
as respostas prontas. E admitir sem restrições que as pessoas a nossa
volta fazem parte da nossa vida mais intima. Sem medo de ser feliz.
Libertar-se de julgar e controlar não tem contraindicações.
Para ajudar a passar por esse momento com certo equilíbrio, aqui
estão algumas dicas, pensadas principalmente para tentar otimizar con-
flitos pessoais e familiares e manter o bom humor nas comemorações:
Reveja a sua posição:
Conflitos não resolvidos geram mágoas
que restringemmuito a visão de alternativas diferentes, procure obser-
var melhor se o seu orgulho não está impedindo você de reconhecer a
sua responsabilidade no problema.
Expresse as suas emoções:
Sendo emocionalmente congruente
e honesto, comunicando o que sente e necessita. Será mais fácil ser
compreendido do que se fechar, anular ou atacar.
Administre conflitos:
Se notar uma possível discussão arrume
uma desculpa para separar os envolvidos, mas não evite todos os con-
flitos, esclareça-os.
Esclareça mal-entendidos:
A grande maioria dos desentendi-
mentos familiares tem origem em mal-entendidos, porque as pessoas
se magoam antes de esclarecer melhor as coisas, sempre que possí-
vel, busque esclarecer os acontecimentos com respeito e afetividade,
lembrando-se de ouvir o outro com atenção.
Seja gentil:
A boa educação não depende de qualquer condição
externa, assim, mesmo que o relacionamento entre você e seus fami-
liares estejam complicados, jamais deixe de se comportar de forma
educada e gentil. A gentileza é capaz de romper barreiras aparente-
mente intransponíveis e todos saem ganhando com isso.
Respire fundo:
Não responda impulsivamente. Se for necessário
afaste-se momentaneamente, quer seja de forma física ou psicológi-
ca, permita-se respirar e recolocar as coisas sobre novas perspectivas,
regressando ao conflito de forma mais preparada para se comunicar.
Converse amenidades:
Nada de papo sério e temas polêmicos na
noite de Natal. Fale de assuntos banais, não toque em política, religião ou
na vida dos outros. Pense apenas em se divertir e viver uma noite feliz.
Evite perguntas e críticas:
Não questione idade, peso, costumes
ou relacionamentos amorosos e tampouco faça críticas, julgamentos
e fofocas.
Neutralize o provocador:
Como ele se alimenta da plateia, tire-
-o do foco de atenção, desvie do assunto lançado pelo provocar e
crie situações de união e alegria. Ele vai se sentir sem espaço para
se manifestar.
Não idealize:
Entre a família idealizada e a família real, é preciso
se adequar à realidade, saber conviver com as imperfeições e os defei-
tos de cada um. Inclusive com os nossos.
Estabelecer limites:
Chegar a um acordo (por exemplo, se
várias famílias juntas, cada família trazer um prato para o jantar),
indicar e priorizar suas necessidades. Ninguém deve ser sobrecar-
regados com responsabilidades e todo mundo tem o direito de pedir
ajuda se necessário.
Seu filho quer beber álcool nas festas:
Os pais devem fazer o
que considera correto, sem se preocupar se o filho vai ficar bravo ou se
sentir diferente de outros adolescentes. Menores de idade não devem
beber, mas cada família tem seu jeito de lidar com a curiosidade e a
vontade dos pequenos.
O adolescente quer passar o Natal na casa da namorada:
Os
primeiros namoros tendem a serem muito exagerados, eles vivem
grudados. Os namorados podem se ver, mas a ceia deve ser com
cada família.
Eles querem viajar sozinhos:
Faça todas as perguntas e exija
respostas que ajudem na decisão de autorizar a viagem. Eles po-
dem ser imaturos demais aos 15 anos, por exemplo.
A festa vai acabar tarde e o filho quer trazer a namorada
para dormir na sua casa:
Cada família deve agir de acordo com
seus valores. Se isso não a agride, permita.
A criança ou adolescente quer ganhar um presente muito
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