Janeiro / 2015 - nº 92
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RobertodeAndrade
diretor de futebol daconquistada Libertadores edoMundial
falade suacandidaturaàpresidênciadoCorinthians
E
ntrevista
Dando sequência ao espaço que abrimos aos candidatos à
presidência doSport ClubeCorinthians Paulista, nas eleições
de fevereiro, recebemos o Sr. Roberto deAndrade, ex-vice-
-presidenteequeeraodiretorde futebol em2012, anoemque
oclubeconquistoua tão sonhadaLibertadores eoMundial de
Clubes. Confira como foi nossobatepapo:
CityPenha:
Conte suahistóriacomoCorinthiansparaos lei-
tores saberemquem éRobertodeAndrade.
Roberto:
Em2007, quandooAndrésSanchezganhouaelei-
ção no conselho para aquele mandato tampão deixado pelo
Alberto Dualib, ele me convidou para ser o diretor adminis-
trativo da sua gestão. Eu já fazia parte domesmo grupo polí-
ticoque é aRenovação eTransparência, e começamos a fazer
um trabalho difícil, de grandes alterações no clube na parte
administrativa, com acentuada redução de despesas para co-
locarmos o clube verdadeiramente no seu eixo. Esse foi um
trabalho árduo e difícil, mas bem compensador. Em 2009 foi
a primeira eleição direta com os votos dos associados do clu-
be, e nossa chapa composta peloAndrés como presidente, eu
como primeiro vice-presidente e o Manoel Cintra como se-
gundo vice-presidente, foi eleita com uma grandemargem de
votos. Essa foi uma resposta de todo o trabalho que nós fize-
mos entre2007 e2009.
CityPenha:
Esse foi um trabalhodifícil por ter que implantar
grandesmudança?
Roberto:
Mudamos todos os serviços, os restaurantes, lim-
peza, segurança e ummonte de outras coisas. Depois, na se-
gundagestão comovice-presidente, vocêpassa anão termais
uma pasta específica para poder atuar,mas pelomeu envolvi-
mento com a área administrativa, financeira e também coope-
randocomoAndrés, demos sequênciaa tudo isso, incluindoa
inauguraçãodoCentrodeTreinamentodoelencoprofissional,
que conseguimos concluir. Foi árduo fazer tudo aquilo, mas
hoje está ai, e tudo com recursos próprios doCorinthians, não
teve dinheirode banco e nemde terceiros. Fomos fazendono
nossodia adia.
CityPenha:
Foramnessa época asmudanças no futebol?
Roberto:
Na verdade logo depois aconteceu a revolução no
futebol, veiooRonaldo e as coisas foram acontecendo, os pa-
trocínioscomvaloresexpressivos, quenaépocao futebolnem
conhecia valores tão altos de patrocínios. Em seguida veio o
rompimento com o “Clube dos 13”, e nós conseguimos fazer
asnegociaçõesdiretocoma televisão.OCorinthians saltoude
30milhõesque recebiapara90milhões. Isso foiumaalavanca
formidável que nos permitiu formar um time mais forte, um
timevencedor.
CityPenha:
OCorinthiansédivididoemdoisuniversos inter-
ligados:OFutebol eoSocial.Oclubeéumacoisaeo timede
futebol outra. Como administrar esses dois universos?
Roberto:
Nós nunca podemos esquecer que o clube temum
time de futebol, e nãodá para você desvincular. Oorçamento
do clube é um só.Nós sabemos que o carro chefe dodinheiro
que entra no clube é o futebol, seja pela marca ou pela ex-
posição. Em contrapartida todos sabem que a parte social do
clube está em défice, tanto noCorinthians como em qualquer
outro clube. Enós, graças aDeus, temos uma receita razoável
que nos permite estar deixandoo clube cada vezmelhor.Mas
émuito importante deixar claro que o sócio frequentador é a
essênciadoclubeenquantoqueo timede futebol éapaixãode
30milhões de pessoas e nós temos que cuidar bem dos dois.
Assim começamos a fazer grandesmudanças também na par-
te social, na parte física, fazendo obras, e nos conceitos, onde
temos comoobjetivomelhorar aconvivênciado sócioque fre-
quenta o clube. Isso se faz dando serviçosmelhores commais
qualidade, comoum restaurantecomumacomidamelhor.Esse
foco refletiu no crescimento do número de associados e do
número de frequentadores diários no clube. Émuito legal ver
o clube cheio, frequentado por crianças praticando esportes.
Tudo foi uma evolução que veio junto com as melhorias do
clube.Todos nós chegamos no Corinthians, ou para ser sócio
ouparavivernavidapolíticadoclube, porquesomoscorintia-
nos de coração, é issoquenosmotiva a estar no clube.
