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Janeiro / 2015 - nº 92
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CityPenha:
Vale lembrarque serdiretor éum trabalhovolun-
tário e sem remuneração. Quando você passou a atuar como
diretor de futebol?
Roberto:
Nofinal de2010quandooMárioGobbi eradiretor
de futebol, ele se afastou do cargo para cuidar de sua candi-
datura ao longo de 2011, para a eleição de fevereiro de 2012.
Nesse momento oAndrés me pediu que ficasse também no
futebol, assim acumulei a função de diretor de futebol. Em
2011 tivemos um anomaravilhoso em que fomos campeões
brasileiro e em 2012 tivemos, graças a Deus, a grande con-
quista da Libertadores nomeio do ano e doMundial no final
do ano. Em 2013 tivemos um bom primeiro semestre em que
fomos campeões paulistas e campeões daRecopa outro título
inédito para oCorinthians. Em janeiro de 2014 eume afastei
do futebol parame dedicar à campanha para a eleição de fe-
vereirode2015.
CityPenha:
Equais sãoos planos para2015?
Roberto:
Nesse ano de 2014 estamos trabalhando para que
o grupo seja vencedor nessa eleição para poder continuar fa-
zendooqueé importantepeloCorinthians.Enóssabemosque
o clube é representado pela sua torcida e nenhum corintiano
aceitamais ter um timemediano emqualquer esporte.
CityPenha:
É verdade, para o Corinthians não dá para só
participar!
Roberto:
Não, nãodá.MesmooCorinthians tendoumaper-
to financeiro, o que é comum para qualquer empresa e nós
não somos diferentes disso, afinal nós estamos vivendo um
ano atípiconoBrasil inteiro comuma reduçãodepatrocínios,
de investimentos emmídia e tudo mais. Nós temos que ter
um time forte e oCorinthians vai ter um time forte. Já temos
umabase solidificadaquevamosmanter e trazermaisalguém.
OCorinthians tem que entrar em qualquer campeonato para
ganhar, sevai ganharounãoéoutroproblema,mas temosque
entrar emnível dedisputar láno alto.
Em relação ao clu-
be estamos em uma
gestão, no meu enten-
dimento muito boa,
ondemelhoramosmui-
to o serviço e também
aparte físicacomobras
importantes para o as-
sociado, mas podemos
melhorar ainda mais
em tudo o que o clube
necessita para a convi-
vência dos sócios, afi-
nal ele tem que ter pra-
zer de chegar no clube
e encontrar tudo limpo,
tudo funcionando. Eu
tenho issonaminhaca-
beça como prioridade.
O clube é a extensão
da casa do associado.
Outra prioridade é oCT das Categorias deBase, que já está
iniciada, comos campos sendo feitos com recursosdoclube,
e temos o projeto aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte
para a parte física do hotel e dos alojamentos. Vamos correr
para fazer a captação do dinheiro para poder nos próximos
3 anos concluir essa obra. Com a nova estrutura, o nosso
departamento de base vai mudar muito, vai ficar anexo ao
profissional, vai ser umacoisa integrada, facilitandooacom-
panhamento pela comissão técnica do profissional.
CityPenha:
Assimatéo sonhodosgarotosvaificardiferente,
vivenciandodepertoo “clima”doprofissional?
Roberto:
A ideia é exatamente essa. Eles vão estar vendo
tudo. Eles começam a almejar e se dedicar muito mais, co-
meçam a sentir o ambiente.Não tenha dúvida que a gente vai
evoluir bastantenisso.
Nós temos um desafio grande pela frente, todos sabem a
responsabilidadequeé serpresidentedeumclubecomooCo-
rinthians, são 30milhões de torcedores e 8mil sócios e cada
pessoapensadeuma forma.
CityPenha:
Ser presidente do Corinthians é isso mesmo,
você administra o dia a dia de 8 mil sócios mas também a
expectativa dos 30milhões de torcedores. Issoquer dizer que
se vocêmonta, por exemplo um time de vôlei, ele precisa ter
condições de ser campeão!
Roberto:
Atualmente tudoque envolve a camisadoCorin-
thians tem que ser competitivo! Nenhuma disputa pode ser
para só participar, por isso nós temos que ter o pé no chão
quando for colocar amarca doCorinthians em alguma coi-
sa. Tem que ser volumoso e expressivo porque se não, não
se consegue agregar pessoas em volta disso. Eu não sei de
todas as necessidades do clube, quemme passa isso são os
sócios, eles é quem podem dizer: “olha nós precisamos ter
isso amais”, “precisamos hojedesenvolver umnovo tipode
esporte porque tem umamolecada nova que está praticando
isso em outro lugar e vamos trazer eles para cá”. Eu tiro
como exemplo disso oMMAque antes não existia, e agora
o clube tem uma academia aberta para quem quer praticar.
Nos últimos anos anatação cresceumuito, éum esporteque
todo mundo procura pelo fato dos brasileiros estarem em
evidência e hoje nosso parque aquático é compatível com
a procura. O tênis também cresceu, o futsal que o torcedor
adora e que voltou a ter prestígio. Existem outros como o
basquete que o Corinthians já teve grandes glórias e hoje
nãoparticipa. Esses investimentos sãoumacoisaqueeunão
posso prometer mas nós vamos discutir, porque é preciso
fazer parcerias com empresas emontar uma estrutura, para
ter uma equipe que entre para disputar o título. Isso vale
tambémparaovôlei como formade fortalecer amarca,mas
é preciso ser competitivo.
Ideias nós temos, mas isso esbarra na questão financeira.
Eu tenhoconsciênciaquenósprecisamosdeixar aparte social
ainda mais legal, independente do futebol. Tenho uma visão
muito clara do que tem que ser melhorado nesses próximos
3 anos e com certeza vamos trabalhar para deixar umamarca
bem legal no clube social.
E
ntrevista
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