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Junho / 2017 - nº 121
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Deputado Cauê Macris
Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo
E
ntrevista
Conversamos com o jovem deputado Cauê Macris,
que aos 30 anos já tem uma grande trajetória política e
conseguiu se eleger Presidente da Assembleia Legislativa.
Ele nos contou um pouco de sua história e como deve ser
sua gestão à frente da casa do povo paulistano. Acompa-
nhe nosso bate papo.
CityPenha:
O senhor é um político da nova geração ten-
do o primeiro mandato como deputado aos 27 anos. O se-
nhor começou bem cedo na política?
Cauê Macris:
Realmente. Iniciei minha carreira política
aos 21 anos, quando disputei o primeiro mandato como
vereador da minha cidade natal, Americana, na Região
Metropolitana de Campinas. No segundo mandato como
vereador, cheguei a assumir a presidência da Câmara. An-
tes de tudo isso, eu já militava no movimento estudantil da
PUC-Campinas, onde cursei Direito, e mesmo no período
escolar, pela Juventude do PSDB.
CityPenha:
Sua trajetória foi sempre no PSDB, isso é
uma questão familiar ou de ideologia com o partido?
Cauê Macris:
Desde pequeno convivi com figuras polí-
ticas que lutaram pelo regime democrático, como Fran-
co Montoro, Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso,
José Serra e Geraldo Alckmin. Além de meu pai, Vander-
lei Macris, eles foram sem dúvida grandes inspirações de
espírito público. Ainda menino, orientado pela Dona Lila
Covas, ingressei no Projeto Tucaninhos, destinado a for-
mar futuras gerações no PSDB.
CityPenha:
Já com muita história nesse meio, o que é
política para o senhor?
Cauê Macris:
Quando se ingressa na política é preciso ter
claro o fundamental papel de servir. Servir a população e o
interesse público. Hoje o país vive uma crise de confiança
por causa de maus políticos. Na vida pública, não existe
atalho. O caminho mais curto muitas vezes é ilusório. O
mais longo é repleto de curvas, com muito trabalho, sacri-
fício pessoal e vocação. A população começa a distinguir
quem se serve da política daqueles que usam a política
para servir.
CityPenha:
O senhor já exerceu missões importantes no
partido como relator do orçamento e líder do PSDB, e lí-
der do governo. Como o senhor conquistou essa liderança
ou ela surgiu naturalmente?
Cauê Macris:
Primeiramente, eu tenho um grande exem-
plo dentro de casa, o deputado federal Vanderlei Macris,
meu pai. Acompanhei o crescimento dele, sempre pautado
na lisura e no intuito genuíno de atender aos interesses da
população. Com essa diretriz, e também com muito tra-
balho e dedicação, fui percebendo espaços em que esses
preceitos precisavam ser reforçados. Foi assim quando
fui presidente da Câmara de Vereadores de Americana,
na gestão que menos gastou dinheiro público até então.
Todos que acompanham a minha história política sabem
que não tenho compromisso com o erro. E se um dia eu
errar, será tentando acertar, e não terei o menor problema
em admitir e tentar consertar. O meu
compromisso é o de poder olhar na
cara das pessoas e falar a verdade, e
o de total transparência. Acredito que
o perfil de líder contemple esse tipo
de postura.
CityPenha:
Como líder do governo
o senhor teve que articular bastante
com todos os partidos para aprovar
os projetos. Como é seu relaciona-
mento com a oposição?
Cauê Macris:
Minha eleição como
presidente da Assembleia Legisla-
tiva contou com o voto de alguns
integrantes da oposição. E posso
dizer tranquilamente que não houve
nenhuma “negociata” para isso ou
mesmo para a composição adminis-
trativa da minha gestão. Muita gente
olha torto para isso, mas é bom es-
foto: Rogério Teixeira
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