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Junho / 2017 - nº 121
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N
utrição
Comer em companhia, a dois ou em grupo, no restau-
rante ou em casa, é um momento precioso para fortalecer
laços, fazer planejamentos e aproveitar para saber uns dos
outros. Então, como aproveitar esses momentos e tirar o
melhor proveito, envolver toda a família nessas prepara-
ções, sem cair em armadilhas na hora da escolha dos ali-
mentos e nas quantidades consumidas?
Refeições a dois ou em família pode trazer mais van-
tagens do que o prazer da companhia. Para crianças e ado-
lescentes será a oportunidades para incorporarem bons
hábitos de alimentação, fazerem refeições em horários
regulares e praticarem o exercício da convivência e par-
tilha. Nesse momento que a gastronomia está em alta e
dicas de receitas explodem o tempo todo na mídia, é hora
de aproveitar e envolver o parceiro(a) e toda a família no
planejamento e preparo das refeições.
Agora, se por um lado ter companhia apresenta uma
lista de vantagens há o risco de se comer mais do que o
necessário, isso mesmo, o ambiente, local e companhia
influenciam no consumo.
Comer distraído, o que acontece?
Comer em companhia aumenta a chance de se comer
distraído. O “comer distraído” impede que se preste aten-
ção aos sabores e na sensação de saciedade, assim se con-
some muito sem necessidade além de ficar difícil perceber
o quanto já se consumiu.
Comer sozinho não é a solução, a ideia é estar atento
à refeição e observar a comida e as sensações que ela pro-
porciona, evitando o “comer inconsciente”.
Comer em companhia e exagerar na quantidade
Além da distração que a companhia oferece há algu-
mas outras atitudes podem contribuir para os exageros,
como: terminar de comer somente quando todas as pesso-
as também tiverem acabado; não deixar comida no prato;
não perceber o tamanho do prato e do copo ( em geral
eles são maiores nos restaurantes) e assim consumir muito
mais que o habitual.
O que acontece quando se está na frente de muitos
alimentos ou em um Buffet?
Sabe-se que a exposição de uma pessoa ao alimento
pode favorecer o aumento do consumo. De um modo geral,
só de se observar algo há o risco de se aumentar o desejo
por possui-lo. O mesmo acontece com a comida: quanto
mais próxima se estiver dela, maior a chance de comê-la e
menor a noção sobre quanto de fato foi consumido.
Nesse sentido seria uma boa ideia deixar mais próxi-
mos e visíveis alimentos como frutas e vegetais.
A variedade de alimentos versus a quantidade que
se come.
Comer em companhia faz bem para a saúde mental,
mas nesse momento há a possibilidade de se expor a uma
maior variedade de pratos e preparações – e por consequ-
ência a sabores- que “obrigam” a pessoa a experimentar
um pouco de tudo. Quando há menos opções, é mais fácil
de “cansar” daquele sabor e não ficar repetindo.
Uma dica para não cair nessa armadilha é escolher
apenas um prato e saboreá-lo intensamente.
Atenção aos gatilhos que levam ao aumento do
consumo
Estudiosos em nutrição relatam que as pessoas costu-
mam se “convencer” que irão comer muito mais do que
estão acostumadas já que irão comer na companhia de ou-
tras pessoas ou comer fora de casa. Isso é um gatilho para
ganhar peso. Ir ao cinema e já pensar na pipoca ou
já que vai jantar em restaurante irá pedir sobreme-
sa são armadilhas que podem ser evitadas.
Feliz Dia dos Namorados!
Refeição a dois!
(com amigos ou familiares)
Conciliando prazeres, divisão de tarefas e os
desafios em não cair na tentação dos exageros
Edina Aparecida T. Trovões
• Nutricionista CRN3-1579 •
• Consultório: 2307-1551
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