CityPenha Maio/2014 - page 12

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acontecendo no âmbito familiar”, explica a psicóloga e
consultora de estilo com foco em autoconhecimento e au-
toestimaDra. DanylaBorobia.
Mulheres que priorizam a carreira e os estudos estão
em ênfase atualmente. Segundo um estudo da Fundação
Seade (Sistema Estadual deAnálise deDados) divulgado
no ano passado, a proporção demães mais velhas no Es-
tado de São Paulo – principalmente na capital – aumen-
tou desde a última pesquisa, realizada em 2011, quando
32,1% das mulheres escolhiam a maternidade entre 30 e
39 anos. Para se ter ideia do crescimento dessa escala,
no ano de 2000 pouco mais de 24% das mulheres opta-
vam pelamaternidade nesse período. Hoje o número é de
35,4%, mostrando os reflexos das mudanças sociais no
sentido do equilíbrio dos gêneros. O maior vilão desse
cenário talvez sejam as questões físicas damulher, já que
os profissionais de saúde indicamque amulher temmaior
dificuldade de engravidar quando atinge os 30 anos. A
medicina, porém, também segue em constante evolução e
oferece condições de as mulheres alcançarem a gravidez
mesmo com uma idade fora dos padrões.
Engravidar com mais idade, porém, pode significar
que a mãe já alcançou a maioria dos sonhos e desejos
planejados que tinha como prioridade, como, por exem-
plo, a estabilidade na carreira, a conclusão de estudos
de graduação e especialização, realização de viagens e
etc. “Escolher a hora de ser mãe significa que a mulher
já realizou amaioria de seus objetivos anteriores. Outro
fator positivo de planejar e engravidar após os 30 anos
é que geralmente amãe já está estabilizada no emprego,
os pais estão mais seguros em relação à educação das
crianças. Não existe mais a sensação de atropelamento
dos sonhos e objetivos, ou seja, os pais conseguemviver
a plenitude da maternidade. Mas isso não significa que
amaternidade não irámudar a vida do casal, damulher.
Isso ocorre em qualquer fase da vida”, ressalta a Dra.
DanylaBorobia.
Engravidar commenos idade, talvezna adolescência, é
um sustoparamuitagente, queacredita ser umdesperdício
de tempo e de oportunidades, tendo emvista que a criação
eeducaçãodeumfilhoexigembastante tempoededicação,
o que restringiria a possibilidade de crescimento pessoal e
profissional da jovemmãe. Com os novosmoldes familia-
resénatural quea sociedade incentiveagravidezvagarosa,
após os 30 anos, por exemplo. E de fato a criação de um
filho limitaalgumas tomadasde iniciativaspessoaiseexige
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