Maio / 2014 - nº 84
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Mãe teamo
O
pinião
Avocêsmães nesse dia especial, talvez vocês gostem
mais do que a própria data do seu aniversário. Graças a
vocês estamos aqui, estes filhos que têm sabedoria, saú-
de, emuito amor para dar. Mães obrigado por tudo, sem
vocês nada seríamos e nem aqui estaríamos.Vocês deram
um pouco de suas vidas para nós, e nós iremos retribuir
até o último da nossa! Por isso venho aqui através dessa
maravilhosa revista que tantome acolhe homenagear to-
das vocês.
Após realizar várias entrevistas com personalidades
do mundo artístico, nesta edição de maio, resolvi ho-
menagear a todas as mulheres MÃES. Apesar da minha
(Nena) já estar no andar de cima, gostaria de falar um
poucodela também.Aurora era carinhosamente chamada
de Nena, era uma mulher forte, determinada, não media
esforços para ajudar a quem precisava. Se fosse possível
pedia esmola na rua para que eu e meus irmãos tivésse-
mos o que comer. Queria deixar registrado aqui o meu
carinho por todas as Mães Guerreiras que muito fazem
para deixar seus filhos felizes, sem pedir nada em troca.
Oi mãe, lembra de mim? Eu sou aquele garotinho
que há muito tempo atrás você carregava na sua barri-
ga, aquele que te chutava incessantemente na esperança
de chamar sua atenção. Esse trechome lembro daminha
prima Isabel quando grávida, me causou um trauma, me
fazendo colocar a mão na barriga dela para sentir meu
primoAlexandre chutar.
Pois é sou aqueleque te causoudores quando fui nascer
e que te fez chorar de emoçãona primeira vez emque você
me tomouem seusbraços. Souaqueleque te fezficar noites
acordada para cuidar da minha febre, para me alimentar e
parame acalmar quando eu estivessemuito agitado.
Eu sou aquele,mãe, que fazia cartinhas com corações
escritos “eu te amo” e deixava em lugares para você en-
contrar. Aquele que você beijava os machucados sempre
que eu caía, e olha que eu caíamuito.
Sempre que eu tinha pesadelos eu corria para sua
cama, e dormia abraçado ao seu pé. Você lembra, mãe?
Eu lembro. Sabe do que eu também lembro? Da
época que eu estava entrando na adolescência e
você ficava cada vez mais preocupada comigo,
tentando imaginar quem falaria para mim sobre
coisas que um homem deveria saber. Sempre
contando com a ajuda do tio Osvaldo para ter
essa função.
Lembro-me muito claramente de quando pas-
sei no vestibular e não tinha um centavo para que
eupudesse realizarmeu sonhode cursar umaUni-
versidade. Cheguei em casa todo feliz por ter sido
aprovado em 33º colocado emesmo sabendo que
eu não iria ter condições de cursar fiquei feliz em
conseguir uma classificação tão boa, mesmo estu-
dando em Escola Pública. Isso prova que temos
ótimas Escolas Públicas no nosso país. Você ven-
do aquelaminha felicidade, chegou eme deu um
envelope e dentrodele estava todo seupagamento
de pensionista, e com os olhos cheios de lágrimas
