CityPenha Março 2016 - page 14

Ma
rço / 2016 - nº 106
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A veia que leva ao coração
da escola de samba
Dos primeiros batuques ao desfile no sambódromo, Gaviões da
Fiel e Dragões da Real formam ritmistas na Escolinha de Bateria
D
estaque
por Arilton Batista
Que a data de hoje fortaleça o
valor das
mulheres
, que deveriam
ser homenageadas todos os dias.
Parabéns por suas conquistas e
por fazerem a diferença
na vida das famílias.
Sejam felizes!
Feliz Dia das Mulheres
Twitter: Coronel Camilo
Facebook: Coronel Camilo
Sempre é possível fazer mais e melhor!
Há quem espera o carnaval para assistir aos grandiosos
carros alegóricos ou ver as muito bem elaboradas fantasias,
coloridas e sempre cheias de glamour; muitos se encantam
com a ala das baianas, das crianças, com a porta bandeira
e o mestre sala. Mas todo esse corpo que compõe o desfile
não seria possível sem a bateria, considerada por muitos es-
pecialistas como o coração da escola de samba. Composta
por aproximadamente 300 componentes - chamados de rit-
mistas -, a bateria é tradicionalmente reconhecida como a
ala de maior responsabilidade nas agremiações, pois é nela
que nasce e se mantém a cadência do samba durante toda
a passagem pelo sambódromo. Ser ritmista requer, além de
habilidade, muito esforço e dedicação. E, sabendo disso, as
escolas começam cedo a preparação e formação de novos
componentes.
GAVIÕES DA FIEL
- Uma das mais tradicionais es-
colas do Carnaval de São Paulo, com mais de 40 anos, a
Gaviões da Fiel, oriunda da principal torcida organizada do
Corinthians, dá inicio às aulas na escolinha de bateria no fi-
nal do mês de abril - projeto criado em 1999 e que vem rece-
bendo, a cada ano, mais adeptos. A média de aprendizes por
ano/turma gira em torno de 300 pessoas, que são orientadas
e acompanhadas nas aulas por 16 colaboradores já perten-
centes à bateria principal - a Ritimão. As aulas acontecem
todo sábado, na quadra da escola, entre 15h e 18h e, quando
há jogo do Corinthians no dia, o horário é alterado para 12h.
Os novatos podem escolher um instrumento entre cuíca, xe-
reque, chocalho, caixas, repinique, tamborim, surdo de pri-
meira, surdo de segunda e surdo de terceira.
Segundo o mestre de bateria da Gaviões da Fiel, Eduardo
Fontes, 40, o Mestre Pantchinho, o único critério levado em
conta para fazer parte da escolinha de bateria e, consequen-
temente, da bateria Ritimão é ser corinthiano. Na primeira
aula, inclusive, há uma sessão teórica em que esse tema é
explanado. "Enfatizamos a importância do nosso time em
nossas vidas. E que a decisão de fazer parte um dia da Bate-
ria Ritimão coloca nosso amor ao Corinthians em primeiro
lugar. Mas respeitando sempre as tradições do samba. Aí,
sim, começamos a desenvolver as atividades", conta. Os
exercícios vão desde as primeiras batidas prosseguindo até
a batida inteira de cada instrumento. Depois, é iniciado o
trabalho coletivo.
Um mês de aula é o suficiente para identificar as dificul-
dades de alguns e as facilidades de outros. "Em muitos casos
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