CityPenha Março 2016 - page 22

Março / 2016 - nº 106
22
Renaura Silva Francisconi Pardal
• CRP 35469-7 • Psicóloga
Clínica e Psicopedagoga • Av. Amador Bueno da Veiga, 1.230 cj 1002 •
• 99299-0932 • 2791-4005
S
aúde
Comportamento Patológico
O termo patológico refere-se ao que está doente. A
fronteira entre o normal e o anormal é extremamente tê-
nue, e, além disso, o conceito de normalidade e anorma-
lidade é bastante relativo. Entretanto de um modo geral,
aceita-se como anormalidade uma condição que impede a
pessoa de funcionar efetivamente em sociedade, no meio
em que vive.
Os psicólogos consideram que, ajustes inadequados
aos estímulos recebidos do meio em que vivemos, podem
caracterizar evidências de possíveis anormalidades. Todos
nós exibimos ocasionalmente estes comportamentos, po-
rém, a frequência, a incidência, é que vai estabelecer a
patologia.
O homem tem sempre que enfrentar frustrações em
momentos da vida, e, muitas vezes ele usa “mecanismos
de defesa”, medidas que o organismo usa aliviar tensão
e, conseguir lidar com a frustração. É uma maneira de se
proteger da realidade, às vezes por demais dolorosa.
Esses mecanismos, só são classificados como patológi-
cos, quando se tornam modos prioritários de ajustamentos
e provocam uma perda de contato com a realidade. Podem
ser classificados como repressão (afastar do consciente a
ideia ou percepção provocadora da ansiedade, reprimin-
do-a), racionalização (é o processo de encontrar motivos
racionais aceitáveis, para situações e pensamentos inacei-
táveis), projeção (projetar nos outros características que
lhe são próprias, não reconhecendo que são ruins e suas),
sublimação (troca de uma grande frustração, canalizada
para uma atividade social), resistência (evitar o contato
com situações dolorosas), negação (negar a realidade que
possa lhe causar tensão), e outros.
Para fins de pesquisa e de diagnóstico, o comporta-
mento patológico costuma ser dividido em três grandes
categorias: as neuroses, as psicoses e as sociopatias.
O termo neurose não se refere a patologias graves, é
um termo para se referir a ajustamentos que são usual-
mente caracterizados por tentativas de escapar da ansie-
dade ou lidar com ela, usando-se, de maneira exagerada,
os mecanismos de defesa. Na neurose a pessoa busca uma
forma estereotipada de agir na vida, é quando as reações
emocionais são substituídas por ideias que só existem no
mundo criado pela sua fantasia.
O neurótico, procura toda forma de lidar com o am-
biente, não havendo interferência na sua racionalidade,
enquanto o psicótico cria um mundo próprio, distorcendo
a realidade. Na psicose, a perda de contato com a realidade
causa delírios, alucinações e falsas percepções auditivas
e visuais. Como principal psicose temos a esquizofrenia.
As sociopatias são desordens comportamentais, onde
existe transtorno da personalidade. Despreza-se normas
sociais e, presença de comportamentos agressivos. O so-
ciopata não consegue se adaptar aos padrões éticos e mo-
rais da sociedade.
É importante lembrar que existem também as desor-
dens comportamentais, advindas de danos do Sistema
Nervoso Central, como a psicose senil, a psicose alcoóli-
ca, etc. Existem ainda as desordens psicossomáticas, que
diferem da conversão somática, sendo que aqui o dano
orgânico é real, devido a tensão ou estresse prolongado.
Levar em conta que viver é estar o tempo todo com um
grande número de novidades, riscos, acertos e erros, con-
cluímos que, se realmente quisermos mudar nossas vidas,
temos que buscar uma forma de estabelecer uma relação
amigável com nossos sentimentos e atitudes, para que te-
nhamos uma vida que realmente valha a pena.
Ter saúde mental, implica em buscar para si um estilo
de vida onde nos reestruturamos a cada dia.
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