CityPenha novembro 2014 - page 23

23
Novembro / 2014 - nº 90
Já mais recentemente Ivete Sangalo chegaria à
conclusão que andar de carro velho era lenha ou
seja, uma aventura, isso sem citar que atrás do trio
elétrico sónão iria quem jámorrera.O trio elétrico,
uma “invenção” da duplaDodô eOsmar viraria um
verdadeiro símbolo dos carnavais pelo país afora
logicamente ganhando aparatos que passariam a
precisar de enormes carretas para transportá-los.
Ainda na voz de Roberto Carlos a música che-
garia para homenagear os caminhoneiros brasilei-
ros quemesmodiantedas dificuldades das estradas,
tudo fariam e fazem para matar a saudade. Chuva
fina no parabrisas era apenas uma dessas dificul-
dades que eram vencidas. Mas se imaginamos que
essa mania de fundir música e carros era coisa do
passado estamos errados!
Dodges RAM, Fiorinos, motos CG 125 cilin-
dradas, Camaros amarelos e outros tantos volta-
riam à cena musical brasileira com força, trazendo
dodesconhecidopara a famamuitos representantes
da chamadamúsica sertaneja que de sertanejames-
mo só pode ser considerada pelo uso esporádico de
uma viola e pelas vozes anasaladas de seus mais
que espertos intérpretes.
Auniãodamúsica e dos carros é tão intensa que
nas saudosas manhãs de domingos passados, ao
ouvirmos o Tema da Vitória, sabíamos que Airton
Sena havia ganho mais uma corrida. E olhem que
essa composição nada tinha a ver com o universo
automotivo e muito menos da Formula 1 quando
foi composta!
Como podemos observar, carro emúsica andam
há tempos de mãos dadas e não será nenhuma no-
vidade que assim continuem a caminhar e olhem
que só me detive na música brasileira contempo-
rânea pois se formos mais fundo nessa pesquisa
veremos que essa dupla vem de muito mais tempo
atrás, não sendo tão recente assim. Só para citar
um exemplo extraído das páginas da história do
automóvel, ainda nos distantes idos dos anos de
1910 descobriremos que naquele início de século
uma canção se tornaria mais que popular ao enal-
tecer as virtudes de um carrinho chamado “Curved
Dash”, algo como linhas curvas, que foi produzido
pela extinta Oldsmobile norte americana e que se
chamava I LoveMyOlds que traduzido para nosso
idioma significa Eu Amo
Meu Oldsmobile. Preciso
falar mais alguma coisa a
esse respeito?
Bruno Saike
• músico e
vocalista daBandaHe Saike
M
úsica
1...,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22 24,25,26,27,28,29,30,31,32,33,...100
Powered by FlippingBook