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Agosto / 2016 - nº 111
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Logo ao iniciar Pokémon GO, os jogadores se deparam
com um divertido aviso da Niantic sobre aquele que é a maior
preocupação da empresa neste primeiro momento em que todo
o mundo está eufórico com o game: um treinador avança dis-
traído por uma ponte sem se dar conta do enorme Gyarados
que está prestes a atacá-lo. É uma brincadeira visual com a pro-
posta do próprio aplicativo que nos lembra de que, mais do que
nunca, precisamos estar atentos com a nossa segurança.
Porém, estamos tão acostumados a ignorar manuais e re-
comendações que games e outros dispositivos nos dão que
nos esquecemos que Pokémon se difere exatamente por nos
colocar em um ambiente realmente hostil: o mundo lá fora.
Desconsiderar o alerta de que você precisa descansar depois de
algumas horas em um game que você joga dentro da sua casa
é uma coisa, mas quando estamos falando da realidade que se
desdobra além da sua porta é algo completamente diferente.
Tanto que não demorou para que os primeiros casos de aci-
dentes e incidentes relacionados ao jogo começassem a apa-
recer. Pessoas que foram atropeladas, que caíram de grandes
alturas, que foram assaltadas, bateram o carro e até levaram
tiros começaram a pipocar por aí poucas horas após o game
ter sido disponibilizado mundo afora. Ser um treinador é algo
um tanto quanto perigoso e, ao contrário do desenho, não há
nenhum Pikachu de verdade para ajudá-lo a se proteger.
Pokémon GO Qual o perigo?
Como você já deve estar cansado de saber, todo o segre-
do por trás do sucesso de Pokémon GO é a mistura de rea-
lidade com conteúdo digital. A realidade aumentada permite
que o nosso mundo se misture com o do jogo e a tela do seu
smartphone acaba se transformando na janela onde esses dois
universos convergem. Como se fosse uma pequena lente, o ce-
lular acaba atraindo toda a atenção do jogador e o distraindo
do que há à sua volta. E é aí que mora o perigo. Como avisa
o alerta mostrado quando se inicia o aplicativo, é preciso estar
de olho no que acontece ao seu redor o tempo todo, por mais
que haja um ponto de interesse ou mesmo Pokémon lendário
por perto. Para ser um Mestre Pokémon é preciso, acima de
qualquer coisa, estar vivo. Por isso, com o aplicativo cada vez
mais próximo de ser liberado no Brasil (ou assim esperamos),
decidimos listar algumas dicas para que você aproveite tudo o
que a Niantic e a Nintendo trouxeram, mas sem se descuidar
com a sua segurança. São lembretes que parecem banais, da-
queles que você sempre ignora ao iniciar um game, mas que
podem evitar grandes dores de cabeça no futuro.
Cuidado com roubos
Como estamos falando de Brasil, a maior preocupação em
torno de Pokémon GO gira em torno da violência urbana. As
grandes cidades do país possuem índices de assalto preocupan-
tes e andar por aí com um smartphone nas mãos é se transfor-
mar em um grande chamariz para assaltantes. É triste pensar
nisso, mas qualquer pessoa que mora em uma capital ou em
cidades mais populosas sabe que esse é um problema real.
Cuidado para onde o GPS o manda
Ainda falando sobre violência urbana, você deve ficar aten-
to para onde Pokémon GO pode enviá-lo. Pode ser que você
fique tão entretido olhando o mapa no game que esqueça de
olhar o que aquilo significa na realidade. Todo cuidado é pou-
co, sempre.
Cuidado por onde anda
Todo mundo já passou vergonha na rua por andar e digitar
no smartphone ao mesmo tempo. Tropeçou, esbarrou em al-
guém e até já caiu de cara no chão. E tudo isso pode se tornar
mais comum quando Pokémon GO estiver finalmente entre nós.
Treinador no volante, perigo constante
Se já é perigoso ficar desatento com Pokémon GO enquan-
to se está a pé, não é nem preciso dizer que as coisas ficam ain-
da mais perigosas quando você decide jogar e dirigir ao mesmo
tempo. Para começo de conversa, isso é ilegal.
Não invada a casa dos outros
A ideia de Pokémon GO é fazer com que os monstrinhos
apareçam em qualquer lugar. O problema é que, às vezes, pode
existir uma cerca entre você e aquele Pokémon e a vontade de
ultrapassá-la pode ser tentadora—mas tambémmuito perigosa.
Além da reação negativa do dono do imóvel, isso é ilegal. O
Código Penal brasileiro considera invasão de domicílio como
um crime que pode resultar em três meses de prisão ou multa.
Não pule muros, não invada terrenos e nem nada do tipo.
Se há uma cerca ou qualquer coisa do tipo entre você e o
monstrinho, tenha a autorização do dono da propriedade an-
tes de avançar.
Nova febre mundial, Pokémon GO, requer que
você tome alguns cuidados enquanto joga
D
estaque
por Durval Ramos - canaltech.com.br
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