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Janeiro / 2015 - nº 92
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frango, mas que está com sua economia também em que-
da, com forte desvalorização de suamoeda justamente pela
mesma falta de transparência do governo Putim. Os 35%
restantes são de manufaturados, sendo que a metade vai
para a Argentina que é a maior compradora, mas está em
recessão e reduzirá as importações doBrasil e, portanto se-
remos também afetados. A propósito, na parte doméstica,
como falado anteriormente, temos que investir em infraes-
trutura, nas reformas tributárias, trabalhista e também redu-
zir a excessiva burocracia.
Senãofizermosodever decasa logo teremosqueapren-
der chinês (mandarim), pois a China está conquistando
nosso mercado doméstico e o mercado latino americano
com preços menores, inclusive a Argentina, mercados es-
tes que eram atendidos pelos brasileiros. Tudo issopor falta
de uma política de relações internacionais coerente, a altu-
ra da tradição do Itamaraty, que prioriza somente acordos
com oMERCOSUL em detrimento aos acordos bilaterais e
mais eficientes, onde o Brasil poderia negociar com países
ou blocos econômicos, como oMercadoComumEuropeu,
de forma mais rápida, eficiente e produtiva, valorizando a
marca Brasil.
Com as variáveis acima descritas, entendemos que não
haverá, ao menos no primeiro semestre, investimento sufi-
ciente para gerar um crescimento saudável da economia, que
mantém postos de trabalho emelhora os resultados das em-
presas. Omomento será para todos de cautela, evitando gas-
tos desnecessários, protegendo seus ganhos sem grandes in-
vestidas e preservandoo caixa das empresas até que se saiba
emdetalhes qual será averdadeirapolíticadestanova equipe
econômica edisposiçãodogovernode reduzir seus gastos.
Este quadro nos remete a uma grande dúvida, indepen-
dentedaspessoasque formarãoestaequipe. Seráqueapre-
sidente eleita Sra. DilmaRoussef permitirá que esta equipe
atue com liberdade de ação?O PT e suas centrais sindicais
permitirão provar deste remédio amargo que a patologia da
economianecessita? Adiretoriaatual daPetrobrás serádes-
tituída e se criará um novo modelo de gestão que servirá
para todos os demais setores do executivo, onde se respeita-
rá os recursos da união e de todos os brasileiros?Nós espe-
ramos que sim, mas somente o tempo e os acontecimentos
políticos deste ano responderão.As urnas falaram e espera-
mos que a presidente aja comouma estadista e governe não
para o seu partido, mas sim para todos os brasileiros, nos
conduzindo a um crescimento que é possível para o ano de
2016, pois 2015 já está demasiado comprometido.
O
pinião
Luiz Carlos Picone de Araujo
• Engenheiro, Administrador e
Professor.
