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Julho / 2014 - nº 86
ACâmaraMunicipal teve pela frente umgrande de-
safio: aprovar em segunda e definitiva votação o Plano
Diretor Estratégico (PDE), ogrande instrumentode po-
lítica urbana capaz de orientar o crescimento da nossa
cidade pelos próximos 10 anos. Énatural, portanto, que
os 55 vereadores sejam alvo das atenções da população
e damídia em geral, o que tornamais visível a atuação
dos parlamentares no encaminhamento e discussão de
outras questões, além doPDE.
Com elevado grau de exposição na sociedade, nós
vereadores, acabamos por nos deparar com a generali-
zada falta de entendimento do que de fato é a atividade
parlamentar naCâmaraMunicipal.
Eleitos pelovotodiretodapopulação, os vereadores
exercem um papel legislativo, ou seja, têm o poder de
elaborar, apreciar, alterar ou revogar as leis de interesse
para a vida da cidade.
Essas leis podem ter origem na própria Câmara ou
resultar de projetos de iniciativa doPrefeito, ou da pró-
pria sociedade, através da iniciativa popular. Outra fun-
çãoquecabeaovereador éafiscalizadora, ou seja, opo-
derdefiscalizarosatosdoPoderExecutivo (Prefeitura).
Toda essa atividade se traduz em sessões plenárias
realizadas no plenário da Câmara às terças, quartas e
quintas, apartir das 15h.Mas háquempergunte em tom
de questionamento: trabalho que é bom, só em três dias
por semana?
Há um equívoco neste questionamento. Os vere-
adores foram eleitos pelos moradores de uma cidade
defender interesses coletivos. É o vereador quem ouve
o cidadão e elabora projetos para atender as demandas
da população. Grande parte de seu trabalho é junto à
comunidade onde ouve sugestões, discute propostas,
busca soluções, inclusive junto às subprefeituras e se-
cretariasmunicipais.
Em geral, esse contato direto é feito às segundas e
sextas-feiras. Muitos vereadores podem ser considera-
dos vereadores distritais, pois foram eleitos com o voto
em peso de uma região específica da nossa cidade.
Opapel do
Vereador
O
pinião
AndreaMatarazo
-Vereador daCidade deSãoPaulo
Assimodiálogo epresença junto às comunidades locais,
entidades, movimentos de cidadania e órgãos municipais
tem que ser entendido como parte essencial da atividade de
um vereador, não podendo, de forma alguma, sermotivo de
desconfiança oumesmo escárnio por parte da sociedade.