citypenha junho 2014 - page 38

Junho / 2014 - nº 85
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Trazida pelos portugueses durante a colonização, a
Festa Junina tem origem na França e certamente está
entre as comemorações prediletas dos brasileiros, que
adotaram a celebração com carinho e a implementou,
criando formas e costumes específicos de se festejar em
diferentes regiões dentro do país. A origem do nome
tem duas linhas. Uma delas é porque a festa acontece
originalmente nomês de junho. E a outra é por ser tam-
bém uma festa para São João. Por isso, o nome inicial
era Festa Joanina. Entre uma e outra teoria do porquê
do nome, fato é que no Brasil a Festa Junina pode ser
dividida em dois tipos: as nordestinas e as caipiras. As
festividades que ocorrem no Nordeste são bastantes
expressivas, tendo como tradição os grupos festeiros,
que andam e cantam pelas ruas das cidades, passando
de residência em residência recolhendo comidas e be-
bidas deixadas pelos moradores para serem degustadas
durante a festa.
Como a regiãodoNordeste sofremuito com a seca e
aFesta Junina também é emhomenagem a três renoma-
dos santos católicos, São João, São Pedro e SantoAn-
tônio, a população aproveita omomento para agradecer
pelo período de chuva. Para o nordestino as comemora-
ções juninas representam, além da alegria e o espírito
de gratidão, uma alta no setor de turismo, que infla com
a chegada de turistas brasileiros e estrangeiros. Den-
tre as diversas tradições que cercam as Festas Juninas
está a grande fogueira, que simbolicamente representa
a proteção aos maus espíritos que atrapalhavam o de-
senvolvimento das plantações e, consecutivamente,
o sustento das famílias. Além disso, há uma questão
prática para a fogueira. Como no mês de junho faz
frio, as labaredas aquecem os participantes do even-
to, que se unem em torno do fogo.
Rodeada de contos, as Festa Juninas trazem con-
sigo algumas simpatias características. Acredita-se,
por exemplo, que a soltura dos balões nesse perío-
do leve os pedidos dos devotos até São João. Outra
mania é a realização de pedidos de casamento fei-
tos para Santo Antônio, que é conhecimento como
o Santo Casamenteiro. De algum tempo para cá as
comemorações juninas não têmmais como principal
foco o apelo religioso-católico. Por ter se tornado
uma atração popular e sobretudo divertida, até mes-
mo os menos crédulos e adeptos de outras religiões
participam das festas. Nestes casos, com o puro in-
tuito de se entreterem, evidentemente. “Vejo apenas
como um evento de recreaçãomesmo. Gosto da Fes-
ta Juninapor contadas comidas típicas, danças, brin-
cadeiras, quadrilha, fogueira e todas as tradições”,
comenta o assistente administrativo Raphael Terria-
ga, 22, que sediznostálgico com esse tipode evento.
“Me remete ao passado. Lembro quando colocava
Menos religiosas,
Festas Juninas
têmhojecaráter
de entretenimento
D
estaque
porAriltonBatista
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