CityPenha maio 2017 - page 36

Maio / 2017 - nº 120
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medicação e
psicoterapia.
Pode estar
ligada a uma
situação estressante como perdas, traumas, luto, algumas
patologias como doenças neurológicas, infecciosas e on-
cológicas. Para afirmarmos que uma pessoa está deprimi-
da temos que afirmar que ela se sente triste a maior parte
do dia, quase todos os dias.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, tornou-
-se um mal mais comum entre as mulheres, superando
o câncer de mama e doenças cardíacas. Num futuro bem
próximo, será a segunda moléstia que mais roubará anos
da vida útil da população em geral. As mulheres costu-
mam ser consideradas mais suscetíveis às alterações emo-
cionais que os homens, o que justifica a incidência maior
entre as mulheres. Porém, por ser muitas vezes confundi-
da com um traço de fraqueza de caráter pela sociedade,
ela, tende muitas vezes, a ser negada pelos homens. De
qualquer modo, o número de homens vítimas da depressão
também é muito alto.
A depressão atinge quase 20% da população mundial,
o que equivale a 1,4 bilhão de pessoas, das quais, 38,8 mi-
lhões no Brasil. Filhos de pai e mãe depressivos têm 35%
de probabilidade de ter a doença. Cerca de 1% das mulhe-
res depressivas e 7% dos homens nas mesmas condições
cometem suicídio, numa frequência vinte vezes maior do
que a registrada na população em geral. Na depressão, é
incorreto definir o progresso de um paciente apenas com
base em dados estatísticos. Uma melhora de 20% ou 25%
pode significar o fim de um comportamento suicida.
A busca por um diagnóstico preciso é fundamental
para um tratamento adequado. A medicação contra a de-
pressão age de forma a aumentar a oferta de determi-
nados neurotransmissores entre os neurônios (células
nervosas), restabelecendo assim a química cerebral e, a
psicoterapia comportamental cognitiva (TCC), modifica
os padrões de comportamento comuns entre os depres-
sivos. O método utiliza dados da realidade e exercícios
para alterar os comandos cerebrais que
acionam os pensamentos distorcidos.
Buscar tratamento é fundamental e
necessário.
Renaura Silva Francisconi Pardal
CRP 35469-7 • Psicóloga Clínica e Psicopedagoga
• Av. Amador Bueno da Veiga, 1.230 cj 1002
• 99299-0932 • 2791-4005
Depressão:
Tristeza Prolongada
S
aúde
É constatada quando se apresenta uma tristeza prolon-
gada, geralmente por mais de três semanas. É uma doença
multifatorial, ou seja, são várias causas que colaboram no
seu aparecimento.
A depressão é muito, muito mais profunda e resis-
tente do que a tristeza. Alguns dos seus sintomas, que
podem vir todos juntos, são: melancolia, desânimo, fal-
ta de concentração, desinteresse pela vida, sentimento
de culpa, autoestima e autoconfiança reduzidas, fadiga,
sono excessivo, perda da libido, sensação de inutilidade,
insônia, ideação suicida e prejuízo funcional significati-
vo (faltar ao trabalho com frequência e falta de empenho
nas atividades escolares)
Adepressão difere do sentimento de tristeza que afeta as
pessoas com frequência. Depressão grave é, a dor que fica
mesmo quando o problema vai embora. É a melancolia pro-
funda que não vai embora nem com situações prazerosas.
Depressão é uma doença, um desarranjo na química
cerebral que precisa e, felizmente, pode ser tratado com
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