CityPenha março 2014 - page 14

Março / 2014 - nº 82
14
Mulher Alfa
quem é essa nova mulher?
Carla Cecarello
Psicóloga e Sexóloga
CRP-06/35.812-0 • Tel.; (11) 3887-5123 e
3884-2059 •
Um híbrido novo circula pelas grandes cidades do
Brasil e do mundo. É uma mistura entre dois tipos conhe-
cidos, mas até há pouco tempo inconciliáveis. Essa nova
espécie é encontrada apenas entre as mulheres e vem sen-
do observada com admiração, respeito, esperança e, em
alguns casos, com certo receio. Trata-se de uma combi-
nação entre a figura da feminista clássica, aquela surgida
nos anos 60, que, para conquistar espaço e independência,
teve de ser durona, agressiva e por vezes masculina, e a
“mulherzinha” dos anos 90, personificada pela persona-
gem Bridget Jones, que queria arrumar um companheiro
bacana, manter o corpo em forma, ir a manicuro uma vez
por semana e comprar muitos pares de sapato sem medo
de ser tachada de perua.
Essa nova espécie é a mulher alfa (termo conhecido
na biologia animal, onde o macho alfa é o mais forte do
bando, que lidera os demais, conse-
gue melhores alimentos e as me-
lhores fêmeas), uma feminista
feminina, criatura nascida
para ser líder, dona de uma
segurança e uma auto-
-suficiência sem prece-
dentes, competente na
vida acadêmica e no
universo profissional.
Um tipo de mulher
que nasce pronta para
enfrentar tudo, capaz de
admitir que precisa, e gos-
ta, dos homens, mas capaz,
também
de
viver sem
eles. Uma
m u l h e r
v a i d o s a ,
que gosta
de
cuidar
de si e de ser
admirada pela
beleza, sem
risco de cair
no estereó-
tipo da fu-
tilidade. A
mulher alfa
F
alando sobre sexo
tem potencial para mudar a estrutura do casamento, da fa-
mília e do mercado de trabalho. E já há quem sustente que
ela vai dominar o futuro.
O que levou ao surgimento da mulher alfa? Quais
transformações sociais, culturais e econômicas levaram a
esse novo caminho? Há várias respostas para essas per-
guntas, e todas contribuíram de igual forma para a ascen-
são da mulher e sua metamorfose até que ela chegasse ao
ponto em que se encontra hoje.
A primeira justificativa, e a mais óbvia, está justamen-
te no movimento da emancipação feminina dos anos 60,
nas batalhas travadas para permitir que as mulheres dei-
xassem a função de dona de casa e passassem a trabalhar,
ganhar salário e ter uma vida além do cotidiano domés-
tico. O surgimento da pílula anticoncepcional, em 1960,
também foi fator preponderante, pois deu às mulheres a
chance de optar, ou não, pela maternidade. O controle de
quando (e se) a mulher teria filhos foi uma arma poderosa
para que ela pudesse investir em outras áreas da própria
vida, como a carreira. As mulheres passaram a estudar e a
trabalhar mais. Começaram a ganhar bons salários, o que
lhes permitiu, caso quisessem, despachar os maridos e
sustentar-se sozinhas.
Tudo isso já se sabia. Mas há uma novidade no cená-
rio: agora, estamos diante da primeira geração de mulhe-
res adultas que cresceram quando todas essas conquistas
estavam estabelecidas. As mulheres que hoje tem cerca de
30 anos nasceram num mundo onde é natural freqüentar
faculdades, trabalhar fora, ganhar bem e tomar a iniciativa
de pedir o divórcio. Isso faz toda a diferença! Elas partem
do pressuposto que podem fazer tudo aquilo que os ho-
mens fazem, e é essa certeza que as fará avançar. Segun-
do Simone de Beauvoir (1949) em seu livro O Segundo
Sexo, “não se nasce mulher. Torna-se”. Hoje, o raciocínio
é oposto: as novas mulheres são alfa justamente porque
nasceram alfa.
E na hora do sexo, isso faz uma diferença
incrível! Pense nisso!!!
"Envie a palavra
SEXO
para
77800
e receba
dicas da Dra. Carla Cecarello diariamente."
- atente para as taxas e impostos.
1...,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13 15,16,17,18,19,20,21,22,23,24,...76
Powered by FlippingBook