CityPenha março 2014 - page 22

Março / 2014 - nº 82
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estaque
casamento. “A gente acaba funcionando como cupido. Eu
costumo dizer que o amor é o maior sentimento de todos.
Você falar de amor, mexer com o amor, não é brincadeira.
Mas é gratificante demais poder participar desse processo.
Eu me emociono quando entra em contato um ouvinte di-
zendo “eu encontrei o meu amor”, diz Aguirra.
O ex-apresentador do Paixão Nativa, Edu Mello, hoje à
frente dos programas Hora Mais Peão Nativa e Cia de Ami-
gos, ressalta que o principal papel da programação da rádio
e dos locutores e apresentadores é mostrar para o ouvinte
que ele não está sozinho. Para ele, essa é uma característica
marcante das rádios mais populares, como é o caso da Nati-
va, que busca o tempo todo interagir com o ouvinte. Muitas
das ouvintes da Nativa, segundo o apresentador, dizem que
os locutores são seus companheiros, devido à falta de um
namorado ou até mesmo a ausência temporária do marido
por conta de trabalho e outras responsabilidades. “A gente
percebe como as pessoas são carentes. Nós passamos a ser o
amante dessas ouvintes. Porque elas se apegam pelo carinho
que passamos. Todo mundo quer ter alguém para se apaixo-
nar, para cuidar; ter alguém para gostar, para ficar sonhando
acordado. E a Nativa realmente pega o ouvinte no colo”,
ressalta Edu Mello.
Fãs e seguidoras inseparáveis
Com outras particularidades, porém com um públi-
co tão fortemente fiel quanto o da rádio Nativa estão os
locutores e apresentadores da Rádio Capital (AM 1040)
Eli Correa e Paulo Lopes. Quem não se lembra do jargão
“Ooooi, gente”, proferido por Eli Correa? E é impossível
falar de rádio sem destacar Paulo Lopes, conhecido no
meio como o “Amigão das Mulheres”. Os dois radialistas
têm como característica principal a enorme quantidade de
seguidores e seguidoras, na maioria dos casos. Tanto que
as ouvintes dos programas do Eli Correa quanto o de Pau-
lo Lopes costumam acompanha-los desde outros tempos,
quando eles atuavam em outras emissoras. Ou seja, são
realmente fãs de seus trabalhos. Paulo Lopes diz que esse
elo com os ouvintes se dá por conta da intimidade que
é naturalmente criada entre eles. “De onde a gente sai a
gente leva o público. Já ouvi gente dizendo ‘eu te acompa-
nho há mais de 20 anos’. E eu acho que isso é criado pela
intimidade”, conta.
Como rádio não tem o artifício da imagem, como na
televisão, por exemplo, cabe ao ouvinte imaginar como é
o locutor, caso nunca o tenha visto. E esse fator, para Pau-
lo Lopes, é um ingrediente que ajuda a fidelizar as pessoas
com os programas, com as emissoras e também com os
apresentadores. “O ouvinte cria o seu próprio Paulo Lopes
e, com isso, ele tem o comunicador, o amigo, o amante, o
namorado, o irmão mais velho, o psicólogo. Nós acaba-
mos ficando mais com as ouvintes do que o
próprio marido”, diz.
Experiente e colega de estúdio de Pau-
lo Lopes, Eli Correa é conhecido como o
Homem Sorriso do Rádio. É um apelido
sugestivo, mas vale uma breve explicação.
O Homem Sorriso surgiu justamente por
causa do sorriso e a alegria que o radialis-
ta emana em suas transmissões. Com uma
carreira sólida e marcada pelas histórias dos
ouvintes contadas no quadro Que Saudades
de Você e pelas incontáveis ajudas e auxí-
lios conquistados pelo Clube da Amizade,
Eli Correa garante que o ouvinte é capaz de
ser mais fiel ao apresentador do que à pró-
pria emissora. “O objetivo é fazer compa-
nhia, é ser um dado positivo na vida dessa
Edu Mello apresenta o Hora Mais Peão Nativa e o Cia de Amigos,
ambos na Nativa FM
Eli Correa, o Homem Sorriso do Rádio
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