Outubro / 2017 - nº 125
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Câncer de Mama, toda mulher
pode vencer essa batalha
por Paulo Aguiar
Lidar com o diagnóstico de Câncer não é uma tarefa
fácil. O choque inicial abala qualquer um, mexe efetiva-
mente com a estrutura emocional da pessoa e de toda sua
família e amigos. Passado o primeiro momento é possível
tentar restabelecer seu ponto de equilíbrio e ver que a vida
vai muito além desse problema.
Falando de Câncer de Mama, além do medo natural
da morte, o peso de toda parte estética como o risco de
perder o seio, faz com que a maior parte das mulheres, ao
receber o diagnóstico, reaja com estresse e passe por uma
longa fase de negação, o que é normal e acontece devido
ao medo do novo.
É preciso acreditar que vai superar, que essa fase vai
passar e que, mesmo que tudo não volte a ser como antes,
porque você vai estar efetivamente diferente, será possível
levar uma vida intensa e profícua.
A prevenção é obviamente o grande aliado de todas as
pessoas, para todos os tipos de Câncer, mas em especial o
Câncer de Mama deve ser acompanhado de perto por todas
as mulheres de qualquer idade.
Conhecer o próprio corpo e lidar de forma natural com
isso é fundamental para saber reconhecer os sinais que ele
oferece para manter a saúde em dia. A autovigilância com
os seios precisa ser feita
constantemente. Os pri-
meiros indícios estão
relacionados com al-
terações visíveis. Dife-
renças na forma ou na
sensibilidade da mama,
por exemplo, são sinais
que aparecem no início.
Se observados precoce-
mente, as chances de cura
de um possível Câncer de
Mama aumentam.
Vermelhidão, inchaço,
mudanças no aspecto da pele
como retratação, alteração
da textura e a forma do seio,
e a pele de aspecto rugoso
ou granuloso são sinais de
alerta. Ter uma área mais
espessa na mama pode in-
dicar a presença de cistos
ou de massa benigna, como também a existência de um
tumor. Os nódulos cancerosos são espessos, compactos
e mal contornados. Outro aspecto importante é o aumen-
to do volume mamário que muitas vezes é caracterizado
pela presença de um nódulo canceroso, que se desenvolve
a ponto de aumentar o tamanho do seio. Você deve ficar
atenta também a corrimentos e secreções pelo mamilo.
Eles podem ocorrer fora da fase da lactação, seja de forma
espontânea ou na hora de apertar a mama. Caso não haja
histórico do uso de hormônios que estimulam secreções,
recomenda-se uma biópsia. Toda e qualquer secreção pelo
mamilo deve ser cuidadosamente investigada com exames
adequados a fim de se descartar ou detectar a presença do
Câncer de Mama.
Fazer a mamografia anualmente tem que ser uma roti-
na que deve começar o quanto antes. Se há algum tempo
era indicada para mulheres a partir dos 40 anos, hoje essa
rotina pode começar o quanto antes, em função do grande
número de casos que estão ocorrendo em mulheres jovens.
É muito importante ressaltar que o autoexame, embora
seja necessário, não substitui exames como mamografia,
ultrassom, ressonância magnética e biópsia, pois são eles
que definem efetivamente o possível tipo de câncer e a
localização do tumor.
As chances de cura do Câncer de Mama aumentam em
95% quando é identificado em seu estágio inicial. Por isso,
a prevenção é tão importante.
Sabemos que o diagnóstico de um câncer tem um for-
te impacto no psicológico e no emocional. Sentimentos
como raiva, depressão, ansiedade, medo, preocupações,
angustias, negação e agressividade são comuns.
A negação costuma estar mais relacionada ao momen-
to do diagnóstico. É comum que durante certo tempo a
mulher não queira ou não possa acreditar no que está vi-
vendo. Esse sentimento pode durar até algumas semanas.
Já a raiva, que pode aparecer em qualquer fase do tra-
tamento, muitas vezes, vem acompanhada pela pergun-
ta: Por que eu? Por que comigo? O que eu fiz de errado?
Neste momento, a vida pode parecer muito injusta. Muitas
mulheres costumam rever suas posturas religiosas e algu-
mas até relatam que estão brigadas com Deus. Mas deve-
mos sempre manter nossa fé, seja ela qual for.
A aceitação da doença é um passo importante. A partir
desse momento a mulher é capaz de planejar a própria vida
C
apa
