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Outubro / 2017 - nº 125
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 60
mil novos casos de câncer de mama podem ser diagnostica-
dos no Brasil. Esse tipo de câncer é um dos mais comuns nas
mulheres.
Como é o câncer de maior incidência entre as mulheres,
a informação é uma arma importante para o diagnóstico pre-
coce e, consequentemente, melhor resposta ao tratamento.
Reunimos abaixo alguns dos principais mitos e verdades
relacionados ao câncer de mama.Confira:
Apenas mulheres acima dos 50 anos podem ter câncer
de mama – MITO
Algumas mulheres desenvolvem a doença mais cedo do
que a maioria por uma predisposição genética ou por outros
fatores como exposição excessiva de radiação na região do
tórax. Por isso, é muito importante fazer o autoexame e ir ao
ginecologista regularmente.
Se diagnosticada no início, a doença costuma ter cura
– VERDADE
O diagnóstico precoce do câncer de mama pode aumen-
tar consideravelmente as chances de cura, em até 90%. A for-
ma mais eficaz de evitar a evolução da doença é a realização
de exames periódicos. O único exame capaz de diminuir a
mortalidade pelo câncer de mama é a mamografia.
Homens não tem câncer de mama – MITO
O câncer de mama se origina no tecido mamário presente
em homens e mulheres. A neoplasia, porém, é rara em ho-
mens, não existe exames de rastreamento para os homens
que devem apenas realizar o auto exame regularmente. Ho-
mens que usam algum tipo de anabolizante ou que tem diag-
nóstico de obesidade podem ter aumento das mamas e por
isso devem procurar um Mastologista.
Existem tipos diferentes de câncer de mama – VER-
DADE
Hoje, já é possível identificar diversos tipos de câncer de
mama levando em consideração as características biológicas
de cada um deles. Com a definição dos perfis de cada tumor,
é possível definirmos o tratamento ideal para cada tipo como
quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e até a cirurgia.
Em alguns casos podemos optar pela quimioterapia antes da
cirurgia, em outros podemos evitar a Radioterapia e na maio-
ria deles faremos todas as etapas para diminuir a chance de
novos casos no futuro. Essas decisões dependem de muitos
fatores e por isso os tratamentos são quase que personaliza-
dos, cada caso deve ser discutido de maneira multidisciplinar
levando em consideração sempre o melhor tratamento cienti-
ficamente comprovado.
Somente mulheres idosas devem realizar a mamogra-
fia – MITO
A mamografia está garantida por lei a partir dos 40 anos.
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama e/ou
ovários devem iniciar a prevenção antes e a idade correta
precisa ser definida por um médico.
A mamografia também detecta lesões menores na
mama – VERDADE
A mamografia ainda é o único exame capaz de reduzir
mortalidade pelo câncer de mama, é eficaz para detectar le-
sões iniciais e não palpáveis. Essas lesões são classificadas
de acordo com risco de evolução para o câncer.
Se o resultado da mamografia der alterado a paciente
está com câncer – MITO
Qualquer alteração deve ser vista com atenção, seja na
mamografia ou durante o auto exame das mamas. No entan-
to, nem todas são malignas (cancerígenas). O exame pode
indicar também cistos, nódulos e calcificações. O ideal é,
sempre que detectada uma alteração, que a paciente procure
um mastologista para esclarecimento e acompanhamento.
O autoexame deve ser feito após o período menstrual
– VERDADE
Durante a menstruação, as mamas ficam mais enrijecidas
e doloridas, dificultando a identificação de eventuais lesões.
O autoexame pode ser feito a partir dos 20 anos de idade, de
seis a sete dias após o início do período menstrual quando a
mama está menos sensível e mais flácida.
A mulher que retira o tumor perde a mama – MITO
Acirurgia de retirada do tumor ou de toda a mama faz parte
do tratamento contra o câncer, mas a reconstrução pode e deve
ser feita. Atualmente, a tendência é preservar a maior parte da
mama, sempre respeitando a segurança da paciente para evi-
tar o retorno da doença. A reconstrução, sempre que possível,
acontece na sequência do procedimento cirúrgico da retirada
do tumor. Existem diversas técnicas de reconstrução que po-
dem utilizar, próteses, expansores e até mesmo a própria mus-
culatura e pele da paciente. Hoje em dia tanto o Mastologista
como o Cirurgião Plástico podem realizar estas técnicas, desde
que tenham habilitação e treinamento. A reconstrução das ma-
mas no mesmo tempo cirúrgico tem impacto direto para melhor
qualidade de vida, mais integração social após o tratamento e
principalmente maior adesão as etapas que sucedem a cirurgia.
Mitos e Verdades sobre
o
Câncer de Mama
S
aúde
por Monica Permagnani
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