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Outubro / 2017 - nº 125
Cida Lopes
• Gestora/Produtora de Eventos/Docente – MBA em
Hospitalidade •
exagerada da boa aparência é o fortalecimento da concepção
de corpo-objeto, transformando o corpo em coisa, o próprio
indivíduo se reduz a um objeto, que só possui valor como
ostentação dentro dos padrões preestabelecidos.
Muitas soluções de beleza estranhas já fizeram parte da
vida de muitas pessoas para que pudessem se encaixar nos
padrões da época.
E essa aflição em sempre querer parecer mais bonita
tem atingido as pessoas cada vez mais cedo. De acordo com
uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
(SBCP), o número de cirurgias plásticas realizadas em ado-
lescentes entre 14 e 18 anos subiu de 37.740 procedimentos
em 2008 para 91.100 em 2012, ou seja, mais que dobrou em
quatro anos.
O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no
mundo, sendo a lipoaspiração e a colocação de próteses ma-
márias os procedimentos campeões nas clínicas de estética.
Isso nos indica que a mídia e a sociedade impõem que sejam
seres humanos “perfeitos”.
O conceito de mulher, dona de casa, mãe e esposa, mu-
dou. As mulheres ainda são mães, esposas e dona de seu
lar, porém, junto a tudo isso, estão no mercado de trabalho
atuando de forma efetiva diversas funções. As conquistas
são constantes, e as quebras de tabus são diárias, em meio a
esta avalanche cultural que temos vivido.
Os padrões se dividem as culturas dos povos. Devemos
dar valor ao que verdadeiramente importa e incutir isso na
sociedade, padrões de beleza não fazem ninguém feliz, de
nada adiantar ser lindo se não respeita o próximo. Os valo-
res são outros que importam.
Portanto a busca por um corpo ideal que se faz presente
e nessa busca há de ter cuidados para que não se torne uma
doença ou um exagero, por outro lado faz nascer entre os
estudiosos um sentimento de exclusão para com aqueles que
não praticam a busca de um corpo perfeito excluindo pesso-
as de grande inteligência dos meios de convívio e impondo
padrões de beleza em lugar de padrões de inteligência, por
fim o melhor corpo ideal é estar bem consigo mesmo.
Temos que nos voltarmos para dentro de nos mesmos
e ver que cada pessoa é de um jeito, tem o seu tipo de
corpo, cabelo, rosto, unha e cada uma é linda do jeito que
é. Ninguém tem obrigação de se sentir mal do jeito que é.
Se quiser emagrecer, alisar o cabelo, fazer plástica, tudo
bem; é uma opção e ela pode fazer isso se for pra se sentir
bem consigo mesma. Faça por opção e seja feliz O que
não pode é fazer isso por se sentir mal por não ser igual a
modelo da revista.
“Aprenda diariamente a ter um caso de amor com
a pessoa bela que você é, desenvolva um romance com
a sua própria história. Não se compare a ninguém, pois
cada um de nós é um personagem único no teatro da
vida”
(CURY, 2005, p.1).
C
omportamento
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