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Agosto / 2014 - nº 87
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Opassar do tempo– e omovimento feminista iniciado
na década de 1970 – trouxeram algumasmudanças no pa-
pel do pai. Os brasileiros que seguem omodelo dos “pais
suecos”, por exemplo, provam que a criação dos filhos só
pela mãe já não é mais absoluta. Mas, assim como a ma-
ternidade, a paternidade também tem suas características
de adequação.
“Ainda temos resquíciosdeumaeducaçãoquenos ensi-
nouque a responsável pelosfilhos é amãe”, diz a terapeuta
familiarQuéziaBombonatto, presidentedaAssociaçãoBra-
sileira de Psicopedagogia (ABPp). Mas, aos poucos, eles
começamadeixaropapeldeprovedorexclusivoparaserem
participantes ativosnavidadas crianças. “O termômetroéa
reuniãodepais emestres nas escolas. Já existeumapartici-
paçãomuitomaior dos pais hoje emdia.”
A educadora Cris Poli, também conhecida como a
“Supernanny” brasileira e autora do livro “Pais Respon-
sáveis Educam Juntos” (MundoCristão), concorda com a
importância da participaçãodos pais na vida das crianças.
Ela ressalta que, assim como não existe uma mãe ideal,
tampouco existe ummodelo de pai. Mas algumas dicas
podem ajudar.
1. Participe ativamente – e com frequência
Participar só quando chega o boletim da escola não
vale: é preciso se aproximar do cotidiano da criança.
“O pai deve participar como quem vai dar o limite,
quem vai estimular e elogiar, quem vai acompanhar a
criança”, diz Quézia Bombonatto. Segundo ela, cinco
minutos por dia já podem ser muito importantes para o
desenvolvimento da relação de ambos. Mas não adian-
ta pegar apenas um dia do mês
e, de alguma forma, tentar “ti-
rar o atraso”.Aproximidade se
constrói aos poucos e é impor-
tante para a criança sentir que
pode confiar no pai e que está
sendo valorizada. “É preciso,
por exemplo, acompanhar o
que está acontecendo na es-
cola, e não somente perguntar
quais notas ela tirou”. Trans-
formar estesmomentos em sig-
nificado para a criança já é um
bom começo.
2. Não confunda atenção
afetiva com atençãomaterial
Ao testemunhar um mau
comportamento dos filhos, mui-
tos pais se queixam dizendo
“Mas não está faltando nada
para ele”.Não está faltandonada
8 atitudesparaser
umbompai
Respeitar e reconhecer as necessidades das
crianças eexigir seuespaçona vidadelas são
alguns dos desafios dapaternidade
D
estaque
PorRenataLosso
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