citypenha agosto - page 26

Agosto / 2014 - nº 87
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D
estaque
CidaLopes
CoachdeEventosCorporativos, SociaiseGastronômicos
•MBAemHospitalidade •
A feira é um espaço totalmente livre em que vi-
das se cruzam, convivem, experimentam um coti-
diano de diversidades. Feirantes com a condição de
vida dupla (moderna e tradicional), consumidores,
transeuntes, turistas, crianças, idosos, mendigos e
até animais dividem omesmo lugar de forma extre-
mamente democrática.
Representando um lugar de sociabilidades, aproxi-
mando pessoas e fortalecendo os laços de afeto entre
aqueles que nela trabalham para sobreviver, os que fa-
zem suas compras, muitas vezes já com suas barracas
fidelizadas e se faltam uma das partes já despertam
estranheza.
Conversasque semisturamnum somaltoeconfuso,
imersas em cheiros e aromas de alimentos espalhados
pelabanca, pelochãoepelas caixas emmeioàaparente
desorganização das barracas, oferecem às centenas de
olhares uma exposição demercadorias dasmais colori-
das, distintas e vindas de diferentes lugares.
Nesta interação há valores como afeto, harmonia,
amizade, companheirismo, sucesso, alegria e diversão,
lazer, trabalho, posição social, salário digno, carga ho-
rária de trabalho satisfatória e bensmateriais.
A feira constitui emum importante fator dedistribui-
ção e dinamizador econômico significativo, desenvol-
vendooprocessodecomercializaçãoede trocas interna-
cionais e regionais, com o seu poder econômico que se
expressa tantoparaos feirantes, quemuitasvezes têmna
feira sua principal fonte de renda, como tambémpara os
consumidores, que podem encontrar nelas alimentos de
qualidade e frescos apreçosmais acessíveis.
As feiras livres absorvempessoas comdiferentes ca-
racterísticaseperfis, comumagamadiversificadadeper-
cepçõesacercade todasasdimensõesdavida, bemcomo
adabuscapermanenteparauma saúde sadia, constituin-
do-se assim comoum indicador daqualidadedevida
Essa qualidade de vida refere-se ao grau de satis-
fação em todos os âmbitos da vida: amoroso, familiar,
social, ambiental e existencial, de maneira objetiva:
necessidades de subsistência e subjetiva: necessidades
sociais de realização psicológica do ser humano.
Alguns anos atrás, os feirantes eram oriundos do
campo e quase sempre o pequeno produtor que vinha
expor à venda o que colhia na propriedade familiar.
Hoje a visão da feira e do feirante esta se transforman-
do, diaadia, frente àsnecessidadesdomercadoafetado
pela globalização, normas de higiene cada vezmais ri-
gorosa e a competitividade.
A competição da feira muda a todo o momento e
é facilmente observável: novos e diferenciados produ-
tos e serviços estão expostos à comercialização e novas
pessoas nela engajada.
Atualmente, estemarco está semodificando com o
surgimento de novos feirantes urbanos e qualificados
profissionalmente que por muitos, foram excluídos do
mercado de trabalho convencional, é o novo aliando-se
ao velho.
O feirante tem como característicamarcante no ce-
nário atual à especialização profissional no tocante ao
hábito de trabalhar para si próprio e cumprir religiosa-
mente o tradicional calendário das feiras.
Entretanto, alguns estudos, foram constatados, que
a populaçãonão desejamudar esta “desordem”, apenas
almeja por um poucomais conforto.
Soma-se a estas questões, a exposiçãodos feirantes a
variações climáticas, longa jornadade trabalho, ausência
de dispositivos emecanismos básicos de proteção, entre
outrosmúltiplos fatores de riscopara a sua saúde.
Eassima feiraé livree livresentem-seseus feirantes.
Parabéns!
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