CityPenha Fevereiro 2014 - page 24

Fevereiro / 2014 - nº 81
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B
em Estar
A nova era dos
exercícios físicos
Vocês devem se lembrar da expressão “esporte ou
atividade física é saúde”. Tempos atrás a mídia decla-
rava em vários meios de comunicação que todos de-
vemos fazer atividade física. Essas ações foram feitas
em um momento em que os problemas crônicos como
hipertensão, diabetes e dores aumentavam junto com a
expectativa de vida em nossa sociedade. A estratégia
deu certo, o número de academias e prédios com área
de ginástica aumentou muito. As pessoas começaram a
experimentar práticas de fácil execução em suas rotinas,
como caminhada, corrida e musculação. Os benefícios
foram claros; mais disposição, força, resistência mus-
cular, controle do colesterol e da glicemia, entre outros
fatores que sabemos muito bem.
Talvez você não saiba disso, mas entramos em ou-
tra fase histórica. Já que estamos falando de expressões,
pudemos “viver e aprender!”. Descobrimos que muitas
pessoas que fazem atividade física podem desenvolver
alguma dor no ombro, joelho, coluna causada ou man-
tida pela própria atividade. Percebemos que a atividade
física apresenta riscos. Imagine uma pessoa que está
toda empolgada em fazer musculação na academia. Faz
sua matrícula e pensa “agora, sim, vou malhar e ficar
em forma. Nossa, posso fazer musculação todos os dias,
e todas essas outras atividades! Um educador físico vai
preparar o treino para eu alcançar meus objetivos...”.
Mais uma expressão, “doce ilusão”.
É comum entrar em uma academia, receber um trei-
no genérico e pouco direcionado aos seus objetivos. É
comum fazer os exercícios sem orientação de um educa-
dor físico qualificado. O resultado disso são os seguin-
tes: 1- os resultados não são alcançados; 2- a desistência
à prática é muito comum; 3- a incidência de lesões e
problemas aumentam. E o que acontece quando uma
pessoa têm dor ou outro problema de saúde? Será que
os profissionais conseguiriam adequar a atividade para
que o aluno pudesse continuar sem se “estourar” mais?
O ideal seria pedir ajuda de um médico ou fisioterapeuta
para que juntos possam elaborar a melhor prática.
Estamos mais sábios atualmente e, por isso, pode-
mos mudar aquela expressão antiga para “esporte ou
atividade física é saúde dependendo de como é feita”.
Muitas academias ainda vivem na época em que acre-
dita-se que “esporte é saúde”. Os exercícios são orien-
tados de acordo com os seus objetivos, mas de forma
genérica. Ou seja, se você quiser perder peso, vai rece-
ber o mesmo exercício do seu amigo do lado que tam-
bém quer perder peso. Se você que “ficar fortinho”, vai
receber um treino diferente da pessoa que quer perder
peso. Isso é verdade, mas vai receber o mesmo treino
da pessoa que também quer “ficar fortinha”. A questão é
“podemos fazer mais do que isso!”.
Duas pessoas querem perder peso e essa é apenas
uma das características entre as pessoas. No entanto,
apresentam pesos diferentes; a frequência cardíaca em
repouso, na atividade e após o treino é diferente; uma
delas tem dores nos joelhos; a outra acha caminhar na
esteira muito monótono. Por esse motivo, se quisermos
dar um passo além, temos que individualizar mais o trei-
no. Isso é possível! Numa primeira fase histórica, nossa
missão era incentivar a prática de atividade física. Con-
seguido isso, podemos passar para a segunda fase, que é
proporcionar o máximo de benefícios e com o mínimo
dos riscos na atividade física. Estamos na era das co-
nexões sem fio e telefones comandados por toques na
própria tela. Ainda existem pessoas que usam internet
com fio e celulares enormes com botões gigantescos. No
entanto, uma vez que percebemos a diferença com as
novas tecnologias, damos um passo além e pensamos
“como é que eu pude viver sem isso antes?”.
Ft. Rodrigo Rizzo •
Fisioterapeuta Responsável pelo Instituto do
Movimento (Pilates, Yoga, Treinamento Físico e Atendimentos)
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