CityPenha Fevereiro 2016 - page 29

Fevereiro / 2016 - nº 105
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D
estaque
trabalham apenas com artistas profissionais, mas também
são capacitadas pessoas leigas mas interessadas em con-
tribuir. "Da mesma forma como tudo na vida, alguns têm
mais facilidade, o que chamo de dom, e outras desenvol-
vem as habilidades com o treinamento. O que não pode
faltar nunca é a necessidade de levar o amor ao próximo",
explica Mário Paes sobre os palhaços voluntários treina-
dos pela ONG Hospitalhaços.
Ter uma atividade voluntária e se fazer presente para
pessoas que precisam não é somente importante para
quem recebe o atendimento, mas também para o volun-
tariado, que deve se sentir útil e inserido num grupo so-
cial, assim como pode usar o trabalho voluntário como
válvula de escape para diversas situações negativas, como
a depressão e o estresse. Ou seja, o que acontece nessas
atividades é uma troca. Às vezes o comediante que acorda
de mau humor ou passa por algum momento de tristeza
pode ter em seu público a oportunidade de melhorar o as-
tral, principalmente quando se está diante de uma platéia
que não apenas quer rir, mas daquela que precisa do riso
- como nos hospitais. "Isso quebra nossos paradigmas e
nos faz ser uma pessoa melhor a cada dia de atuação, pois
temos a possibilidade de conviver com outros referenciais
da vida", comenta Mário Paes.
A psicóloga Dra. Letícia de Oliveira explica que o am-
biente e as pessoas têm o poder de transformar sentimento
negativos em positivos, da mesma forma que os positivos
em negativos. Segundo ela, contamina. "Quando estamos
próximos de pessoas com baixo astral acabamos vendo o
mundo de forma mais 'cinza'; já quando estamos rindo,
perto de pessoas engraçadas, acabamos ficando menos an-
siosos, menos irritados e também mais tolerantes com as
adversidades do nosso dia. Rir é, sim, um ótimo remédio
para o bom humor", finaliza.
A ONG Hospitalhaços atua nas nas cidades de Campi-
nas, Americana, Sumaré, Hortolândia, Paulínia, Valinhos,
Indaiatuba, Cerquilho, Laranjal Paulista, Tietê, Mogi
Guaçu, Mogi Mirim e Recife, administra quatro brinque-
dotecas e realiza mais de 30 mil atendimentos mensais,
além de estar presente no Facebook (
/
hospitalhacos) e manter atualizado o site
cos.org.br. Por se tratar de um Organização Não Governa-
mental e sem fins lucrativos, os Hospitalhaços precisam e
aceitam a contribuição do público das seguintes maneiras:
sendo voluntário, doando serviços ou capacidade profis-
sional, doando ou comprando produtos no bazar, adquirin-
do produtos institucionais, destinando parte do imposto de
renda, contratando ou divulgando palestras e workshops.
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