CityPenha Fevereiro 2016 - page 21

Fevereiro / 2016 - nº 105
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D
estaque
referência do rock na região. Por lá passaram
Zé Ramalho, IRA, Alceu Valença e uma infi-
nidade de bandas de rock nacional e covers.
A casa, até ter suas portas fechadas, recebeu 3
gerações em palco e plateia.
Nesta mesma época havia o FOFINHO
na Rua 2 de Janeiro com a mesma proposta
do Led Slay e outras casas que deixam sau-
dades: anos 80 - Pirata Bar e Revolution, am-
bas na Rua Padre Benedito de Camargo. Anos
90 – Grécia Café e Cultura e Show Business,
ambas também na Rua Padre Benedito de Ca-
margo, Alternative Vídeo Bar na Rua Padre
João, Arkhan Asylum na Rua Omachá, Caver-
na dos Anjos e Plastic Alternative Bar, ambos
na Rua Capitão Avelino Carneiro. Nos anos
2000, o Electroshock Pub na Rua Rodovalho
Junior e o Ska Skate Rock na Rua Capitão
Avelino Carneiro.
Nos dias de hoje, a Penha dispõe de apenas
alguns bares voltados ao rock como o Armazém 77 na Rua
Betari, Espaço Lá no Quintal na Avenida Amador Bueno
da Veiga e a Hamburgueria Delivery no Largo do Rosário.
É muito pouco para uma região que sempre teve espaços
para o rock, e mais do que isto, único da cidade como re-
duto de grandes artistas como Itamar Assumpção, bandas,
DJs e pessoas.
As mudanças urbanas, a especulação imobiliária e
outras causas contribuíram para o desaparecimento des-
tes espaços, mas não extinguiu o principal: o público.
E foi pensando neste público que o produtor cultural
Adriano Pacianotto criou o projeto “Penha Rock”. O
projeto fomenta a apresentação de bandas de rock da
região em espaços públicos da Penha como o Parque do
Tiquatira, Largo do Rosário e Centro Cultural da Penha.
Para que isto aconteça, Adriano tem as parcerias da Sub-
prefeitura da Penha e do Centro Cultural da Penha da
Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo. O projeto
já conseguiu realizar centenas de shows para um público
em torno de 10.000 pessoas.
Memorial Penha de França
• Rua Betari, 560 - 11 2092.2319
É importante considerarmos a contribuição social de
um projeto como este, pois o movimento extrapola o con-
teúdo musical. O rock agrega a dança contemporânea, a
literatura, o teatro, performances artísticas, artes visuais e
até a gastronomia. Um espetáculo de rock é mais do que
um show. É um acontecimento. É uma irmandade que
quer apenas se divertir com conteúdo mais significativo,
sem violência, sem preconceito. Até o importante ponto
de cultura da região, o Movimento Cultural Penha, sur-
giu embalado no rock do Coelho, seu idealizador, dono de
uma banda que produzia um rock tipicamente penhense
com uma sutil influência do reggae.
Nota: As datas dos espetáculos do Penha Rock no Cen-
tro Cultural da Penha são informadas na programação
daquele espaço. Agradecemos a contribuição de Clau-
deti Kovacs, produtora do Centro Cultural da Penha,
memória viva dos espaços e bandas de rock da região
e de Adriano Pacianotto, produtor do Penha Rock.
Penha Rock no Teatro Martins Penna
foto: Acervo Memorial Penha de França
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