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Março / 2018 - nº 130
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Percebe-se que a disciplina e o talento profissional es-
tão transformando a mulher e tornando-as concorrentes
dos homens dentro do mercado de trabalho. E essa com-
petição profissional acirrada faz com que haja avanço na
qualidade e produtividade do trabalho, que pode ser de-
senvolvido tanto por mulheres quanto por homens.
E claramente, esta transformação se da através da
conquista de liberdade, nível educacional, redução fami-
liar e social, e também, por poder contribuir no orçamen-
to doméstico.
A grande dificuldade está em o homem aceitar esse
avanço e considerar a mulher capaz do exercício de inú-
meras atividades. A relevância é dar a importância da par-
ticipação da mulher na sociedade, no mundo do trabalho
e na conquista de seus direitos, aos quais se procuram va-
lorizar a mulher como ser social completo e para que se
possa estar cientes do que realmente se pode fazer em prol
de uma sociedade carente de saberes.
Conquistas pessoais e profissionais da mulher no
contexto histórico
A evolução histórica do papel da mulher na sociedade
e no mundo do trabalho mostra a ausência de direitos que
as mesmas tiveram desde os primórdios da humanidade e
devido a isso, vem buscando através de lutas e conquistas,
sair da obscuridade e do anonimato.
Com toda essa opressão começam a surgir nas mulhe-
res o desejo de liberdade e começaram a se debelar contra
essa autoridade dos pais e maridos, começando a clamar
por direitos, os quais lhes dessem igualdade frente aos ho-
mens, ocasionando assim, com isso uma revolução cultu-
ral e modificando a estrutura familiar até então inexistente.
É dito por muitos, que a mulher se subjugou ao homem
por ser mais frágil e hoje percebemos que com educação e
treinamentos diferenciados não há tanta fragilidade assim.
A mulher no mercado de trabalho
Com a vigência do Código Civil de 1917 a mulher ca-
sada passou a ser considerada relativamente incapaz, da
mesma forma que os menores de 16 a 21 anos, os pródi-
gos ou silvícolas. Devido a isso, as atitudes das mulheres
ficaram condicionadas à concordância do pai ou marido,
excluindo-se ao acesso ao mercado de trabalho.
Já a divisão sexual do trabalho ainda permanece desde
a pré-história desigual, devido ser fruto de um processo
que leva em consideração não só a produção como tam-
bém, a reprodução.
Mesmo a mulher sendo cantada e cortejada na literatu-
ra, o homem ainda desempenhava função de dominador,
conquistador e desbravador com o advento do mercantilis-
mo e a mulher mais uma vez tinha papel secundário, não
tendo acesso às instruções concedidas aos homens.
Com as mulheres tendo em média dois anos a mais de
estudos que os homens, são subvalorizadas em suas ati-
vidades laborais, havendo, portanto, diferenças salariais
entre homens e mulheres, menores número de vagas de
trabalho femininas e dificuldades para chegar ao comando
de uma organização.
É muito fácil perceber que seus direitos fundamentais
são totalmente desrespeitados em sociedades conservado-
ras, porque os homens querem conservar privilégios? É
uma maneira de ver a situação.
Percebe-se que a sociedade está cada vez mais valo-
rizando as características femininas, fazendo com que
deixem de ser coadjuvantes para que tenham acesso em
diferentes segmentos profissionais e sociais.
Universo de trabalho da mulher, a globalização e as
novas tecnologias
A globalização faz com que haja um certo nivelamento
entre o homem e mulher e ambos conseguem atuar em
ambientes competitivos.
E as mulheres estão veementes inclinadas a não per-
mitir serem tratadas mais como objetos e que tomem de-
cisões por elas, sem se quer saber quais são: Elas pensam,
tem preferencias e optam por serem respeitadas e aceitas
por isso.
É muito importante incorporar essa dinâmica para que
as mulheres tenham liberdade para impor seus limites e
reclamar quando não gostaram de uma situação.
Elas estão transformando o mundo
No mundo novo, uma nova geração de mulheres surge
entre as adolescentes que defendem a liberdade de ser e fa-
zer o que quiserem, quebrando padrões de comportamento
machistas e traçando um novo rumo na historia.
O que se vê são meninas mais cientes do direito à li-
berdade e à diversidade, combativas e questionadoras.
Liberdade sexual. Viver a sexualidade sem sofrer pre-
conceitos seja qual for sua orientação;
Aceitação e amor pelo próprio corpo sem a interferên-
cia da sociedade entender que o padrão de beleza imposto
leva mulheres e garotas comuns a recorrerem a extremos
não saudáveis para alcançá-lo;
Escolher a profissão que deseja seguir sem que o
mercado imponha o que é trabalho para homem ou para
mulher;
Assédio, cantada ou elogio?
Qual a diferença?
E
special Mulher
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