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Março / 2018 - nº 130
rar, se sentir importante para si e para os grupos onde vive e
interage, ser útil para alguma coisa.
Débora:
A realização profissional tem que fazer parte dos
sonhos de todas as pessoas, sejam elas homens ou mulheres.
Marcia:
a felicidade tem que estar dentro de você, se não
qualquer jornada se torna pesada. É preciso gostar do que faz
para alcançar o sucesso, isso independe de ser mulher.
CityPenha:
A evolução do Empoderamento Feminino tem
muito a ver com todas as lutas, mas hoje ele ainda precisa de
uma “grande batalha” como bandeira ou já está seguindo um
curso mais natural?
Marcia:
Acho que hoje já é um processo natural, nós como
mulheres temos que ter a aceitação de que somos natural-
mente capazes. Eu não vejo hoje tanta dificuldade na vida
cotidiana de uma mulher que trabalha fora. Existe muita po-
lêmica que não se aplica a todas as mulheres. Já existem
muitas mulheres que ocupam cargos de liderança e agem de
forma natural. Na minha visão o preconceito com relação a
mulher já está sendo ultrapassado.
Débora:
Também acho que as coisas estão mais naturais,
as pessoas já estão sendo valorizadas pelo seu trabalho, seu
desempenho, seus resultados. A necessidade de igualdade já
está se transformando em um processo irreversível de igual-
dade, que tende a acontecer de forma cada vez mais natural,
sem precisar de tanta atuação dos líderes dos movimentos
Adriana:
Eu conheço muitas mulheres que tem cargos de
importância e liderança que já ganham
mais do que os homens. Talvez isso ain-
da não aconteça em todos os níveis hie-
rárquicos mas acredito que gradativa-
mente vai sendo equalizado e igualado.
Débora:
Eu acho que o salário deve
ser compatível com a avaliação de cada
profissional. Se eu quero ter um salário
melhor, tenho que mostrar que eu me-
reço, seja uma nova oportunidade, uma
nova tarefa, uma nova responsabilida-
de, não por ser mulher ou não ser, e sim
por ser competente.
CityPenha:
Na visão de vocês hoje a
mulher tem mais espaço para conseguir
alcançar o sucesso? Dá para qualquer
mulher conquistar seu espaço?
Marcia:
Com certeza! De forma ge-
ral hoje as empresas estão muito mais
abertas, buscando profissionais, e as
entregas são cada vez mais iguais para
homens e mulheres. O que precisa é
arregaçar as mangas e trabalhar. Fazer
uma opção de “eu quero” e correr atrás.
Dar o melhor de si, isso é fundamental.
Definir um sonho tentar viabilizar. Eu
sempre fiz isso definir um sonho que me
impulsiona a alcançá-lo. Quando conseguir defina um novo
sonho e corra atrás.
Débora:
Definir seu sonho, suas metas, é fundamental.
Quando eu entrei no ramo de Shopping Centers, fui questio-
nada pelo meu chefe da época onde eu queria chegar e disse:
“quero o seu lugar” (risos). Ao longo de minha caminhada
fiz várias escolhas, inclusive uma onde gastaria mais em meu
deslocamento, mas representava uma ótima oportunidade de
carreira. É preciso estar preparada para fazer escolhas, fazer
sacrifícios, abrir mão de algumas coisas e acreditar no resul-
tado de seu trabalho. As oportunidades surgem e você tem
que estar disposta a agarrar.
Fernanda:
Também tenho a opinião de que a mulher deve
ir atrás do que quer, mas que defender seus direitos também
está ligado a isso. Por estar em um cargo de destaque, sei que
sirvo de exemplo para outras mulheres e quero ver muito
mais mulheres assumindo cargos assim, na área pública ou
privada. Somos capazes de assumir qualquer cargo. Minha
mensagem é simples: “Seja o que você quiser”, vá atrás dos
seus sonhos, não deixe que ninguém fale que você não é ca-
paz. Você é muito mais do que imagina.
Adriana:
Realmente espaço existe para todas nós, seja pro-
fissionalmente, seja em entidades como aqui no Conselho da
Mulher Empresária, o importante é estar disposta a encarar e
superar os desafios, sem ficar buscando desculpas para justi-
ficar quando não dá certo, afinal nem sempre dá certo. O fun-
damental e começar de novo e tentar ainda mais, aí dá certo.
E
special Mulher
