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Março / 2018 - nº 130
Cida Lopes
• Gestora/Produtora de Eventos/Docente – MBA em
Hospitalidade •
Poder haver uma penetração maior de mulheres
em ocupações antes restritas aos homens (na indús-
tria, por exemplo, as mulheres avançam em profis-
sões como soldadores e operadores de máquinas);
Poder de escolha sem que a sociedade, família
ou homens interfiram. Seja para ser dona de casa,
trabalhar fora, sair sozinha ou conduzir sua vida
como bem entender;
Ter a opção de formar uma família ou não, não
ser descriminada pela sociedade por ser mulher e
não querer ser mãe;
Maternidade adiada e menor número de filhos;
Ter o direito de se vestir com pouca ou muita
roupa sem com isso dar o direito de ser assediada e ate
agredida por isso;
Aumento do padrão de consumo familiar e do investi-
mento em educação;
Crescente reivindicação por igualdade cívica e política.
Uma das situações de extrema importância é não acei-
tar ou se calar diante de um assedio, seja sexual ou moral.
Mas qual a diferença? O que podemos levar em conta para
decifrar quando é um assedio, uma cantada ou um elogio?
Para muita gente, principalmente aos homens, a defi-
nição de assédio é confusa. Muitos pensam que as mulhe-
res acham que toda cantada ou elogio é um assédio, o que
não é verdade.
Assédio é uma questão de consentimento e reci-
procidade.
A “
cantada
” e o “
elogio
” viram um assédio quando
são unilaterais, agressivas ou insistentes, ou seja, quando
uma pessoa desrespeita a vontade e o conforto da outra, ou
quando a outra é impedida de demonstrar sua vontade por
medo de retaliação, violência ou constrangimento.
Um
elogio
é um
discurso em louvor de alguém
, ou
seja, é um enaltecimento para uma pessoa. Um elogio sem-
pre tem boa intenção, nunca pretende constranger ou inti-
midar, mas mesmo se a intenção for positiva, elogios ina-
propriados, com referências à aparência física ou conotação
sexual, ou mesmo em situações de intimidade,
é assédio
.
E
special Mulher
Já a
cantada
é simplesmente uma
conversa seduto-
ra, visando à conquista
. Assim como o elogio, a cantada
pode ser respeitosa e bem-sucedida, mas apenas se a pes-
soa “cantando” respeitar a outra e não invadir o espaço
dela. Se a cantada é em público, para todos ouvirem, e/ou
tem palavras de conotação sexual, ela pode constranger
a pessoa ou fazer com que ela tema por sua segurança,
e
isso é assédio
.
Com aquela sensação de paralização, quando não se
sabe o que dizer! Isso acontece muito ainda, porque se
aprendeu que as mulheres precisam ser dóceis e aceitar
caladas, pois corremos o risco de ser “problemáticas” ou
“barraqueiras”. Mas este cenário esta ficando no passado.
E as mulheres que falam abertamente contra o assé-
dio são vilanizadas, chamadas de mentirosas e atacadas
publicamente.
A indignação é proposta, principalmente pelo fato de
que as mulheres não são apenas corpo, também tem ou-
tras capacidades fantásticas. “Abordem-nos com respeito
e saibam sobre nossas habilidades, falem das suas, vamos
dialogar de forma saudável. A sociedade vai se surpreen-
der de como somos capazes”.
O que se pretende com essa luta é a igualdade entre
mulheres e homens, o respeito mútuo a soma de forças,
uma vida mais digna e melhor para todos.
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8 de março - Dia Internacional da Mulher
