CityPenha novembro2015 - page 12

Novembro / 2015 - nº 102
12
É PIQUE , É PIQUE , É PIQUE ....
D
estaque
Olá, amigo leitor. Depois de um longo intervalo vol-
tamos a nos encontrar. A Revista CityPenha ultrapassou
sua edição de número 100 e por isso envio os parabéns
ao Paulo, à Vânia e a todos os colaboradores e anuncian-
tes que acreditaram nesse projeto vencedor. Mas vamos
ao assunto...
CRIANÇAS DO SÉCULO 21 ...
Muito se ouve falar de crianças com dificuldades de
atenção, de concentração ou muito agitadas. Isso é mais
visível e ampliado no ambiente escolar, local em que al-
gumas delas se encontram e se relacionam. Talvez uma
solução para reduzir seus efeitos esteja no esporte, desta
vez o mais cerebral deles.
UM GAME EDUCATIVO ... E SEM PILHAS ...
No ambiente escolar é comum alunos a partir de seis
anos de idade conseguirem entender e iniciar-se no Xa-
drez, seja com atividades de apresentação, no apoio às
primeiras letras, com o uso de desenhos e outras ativi-
dades de coordenação motora fina. Auxilia no desen-
volvimento da memória, da lateralidade, de conceitos
espaciais, do raciocínio abstrato, do estabelecimento de
valores relativos, da imaginação. Isso faz do Xadrez uma
atividade que serve de interface entre diversas outras,
partindo de uma realidade comum às crianças: o jogo
pelo jogo.
Apesar do clima de brincadeira, todos querem ga-
nhar, fazer pontos... é um game que não precisa de toma-
da nem pilhas e onde enfrentamos outra pessoa.
A atividade quando bem conduzida é uma ferramenta
rica que traz aspectos formadores, como integração com
novos colegas, organização e responsabilidade ao manu-
sear e guardar as peças, respeito às regras e ao adversá-
rio, reforçado por saber perder e saber ganhar.
Os alunos podem aprender a fazer o próprio brinque-
do nas aulas de artes, desenvolvendo criatividade, habili-
dades manuais e reciclagem de materiais.
JOGO JUSTO E MILENAR ...
Embora não haja documentos oficiais, o Xadrez exis-
te há cerca de dois mil anos. Principal jogo de estratégia
conhecido é chamado de Jogo dos Reis por viver um cli-
ma de realeza e por serem eles os principais personagens.
Pode ser feito de materiais caros como ouro, prata, cris-
tal, marfim, madeiras nobres ou até mesmo de sucatas, o
que torna o jogo acessível a todos os públicos. O princí-
pio do jogo é uma batalha simbólica entre dois exércitos
disputada num campo igualmente dividido entre casas
brancas e pretas. Ao mesmo tempo em que é um jogo
simples, cada lance traz um número absurdo de variações
e combinações.
Considerando que os adversários alternam-se em
suas jogadas, que possuem as mesmas peças e possibi-
lidades, podemos afirmar que a justiça é um dos pontos
fortes desse esporte. Também é democrático e inclusivo
porque permite unir novatos e experientes, jovens e ido-
sos, alunos destacados nas matérias tradicionais e outros
com mais dificuldades, todos em igualdade de condições.
E OS GRANDES ?
Com os alunos maiores também encontramos no
Xadrez uma alavanca para o aprendizado. Podemos de-
senvolver aspectos da Geografia e História, de línguas
estrangeiras, da Matemática, aperfeiçoar vocabu-
lário e técnicas de redação. Temos como auxiliares
modernos no processo de ensino o uso da internet,
criação de blogs e de imagens, clubes de Xadrez
geridos pelos alunos maiores, desenvolvendo tra-
balho de equipe, responsabilidades, relatórios ad-
ministrativos.
XEQUE-MATE ...
Para finalizar, saiba que o Xadrez é um ótimo
passatempo que pode unir irmãos, pais, avós e seu
nível só melhora com o tempo. Pratique esporte
e incentive seus filhos. Um forte abraço e até a
próxima.
Prof. Ari Grassia Junior
• formado em Educação Física pela
USP, além de Professor de Xadrez Escolar é especializado em
Voleibol , Futebol e Tênis.
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